Gênesis 2.26-31: A CRIAÇÃO DO SER HUMANO

Novembro de 2006

(Da série O QUE É O SER HUMANO, 2)

O ser humano, diz a Bíblia, foi criado à imagem e semelhança de Deus. Esta informação está clara no primeiro livro bíblico.

[Gênesis 1.26-31]
Então disse Deus:
— Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão.
Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou e lhes disse:
— Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra.
Disse Deus:
— Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão.
E assim foi. E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia.

SER HUMANO, IMAGEM DO SER DIVINO

1. A criação do ser humano surgiu como fruto de uma decisão de Deus, como toda a natureza o é (“façamos” – Gênesis 1.26).
O ser humano, portanto, apareceu em função de um desejo profundo, como a indicar a completude da criação que sua chegada representava. O que Deus fizera era algo bonito, mas ainda incompleto. A criação do homem encerrou o primeiro ciclo criador de Deus. Quando olhou para o resultado, Ele se alegrou (Gênesis 1.31), como se dissesse: “Saiu como imaginei”.
O profeta Ezequiel indiretamente descreve o estado do ser humano, neste tempo A.Q. (Antes da Queda).

Filho do homem, erga um lamento a respeito do rei de Tiro e diga-lhe: Assim diz o Soberano, o Senhor: “Você era o modelo da perfeição, cheio de sabedoria e de perfeita beleza. Você estava no Éden, no jardim de Deus; todas as pedras preciosas o enfeitavam: sárdio, topázio e diamante, berilo, ônix e jaspe, safira, carbúnculo e esmeralda. Seus engastes e guarnições eram feitos de ouro; tudo foi preparado no dia em que você foi criado. Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o designei. Você estava no monte santo de Deus e caminhava entre as pedras fulgurantes. Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade em você” (Ezequiel 28.12-15).

A descrição pode ser lida de outra forma.

Então, Deus criou o homem, tendo como modelo
sua própria imagem e a semelhança de si mesmo,
perfeitamente pleno, sublimemente sábio, belo
porque preparado para ser imortalmente eterno.
Não para viver em isolado e protegido castelo,
mas no éden, livre para o acerto... e o erro
e na presença do prazer de um Deus terno
que pusera na comunhão com ele o seu anelo.
O Amigo deu lhe sobre a terra o governo,
ungindo-o para guardar, com todo zelo,
sua obra do Criador, para pôr nela seu selo.
e para aplainar o que ainda ficara ermo.
E assim foi. Em toda a sua feliz intensidade.
Até sorver o som do sopro da súbita insanidade.

Apesar da queda, a obra criadora de Deus continua até hoje, pela intervenção ordinária do ser humano e pela intervenção extraordinária do Criador.

O fato de o ser humano ter nascido de um desejo de Deus indica claramente que nos fez para nos relacionarmos com Ele. Assim, se o ser humano se afasta de Deus, o desejo do Criador não se realiza.  Quando, também, o ser humano se afasta de Deus, perde a essência de si mesmo, abrindo-se no seu ser um abismo que tem a profundidade do Deus que se quer ausente.
Fomos criados sem o exercício de nossa vontade, senão da de Deus, porque não existíamos. Agora, nossa criação continuada depende de nossa vontade. Deus não nos invade.  Ele quer nos abraçar, mas espera nossa permissão. Ele quer nos completar, mas aguarda a nossa participação.
O ser humano por vezes resiste, mas Deus quer continuar a obra que começou. Por meio do nosso relacionamento com Ele, Deus continua a nos criar.
Nossa gestação biológica dura nove meses, mas nossa formação espiritual tem a duração de nossa vida biológica. Estamos sendo espiritualmente formados por Deus. Quanto mais próximos dEle estamos, mais somos sua imagem e semelhança. Quando mais Ele nos forma, mais maduros. Mais aprendemos a conviver conosco mesmo e com o nosso próximo.
O fim é a nossa própria felicidade. que acontece na dimensão do outro.
O caráter de Deus levou-O a nos criar para que tivéssemos com Ele um relacionamento saudável. O caráter de Deus em nós se desenvolvendo nos leva a nos relacionarmos com os outros. Em sentido figurado, Deus se completa em nós. Em sentido real, nós nos completamos no outro. Deus criou o homem sozinho, mas não o deixou sozinho, porque sozinho o homem não estava completo.
De seu escritório na igreja, o pastor John Donne (1572-1631) via os corpos sendo carregados, levados pela peste que varreu a Inglaterra no começo do século 17. Cheio do sentimento do mundo, ele escreveu:

Nenhum homem é uma ilha plena em si mesma.
Cada homem é uma parte do continente, uma parte do todo.
Se uma porção de terra é levada pelo mar,
a Europa é levada, como se um penhasco fosse,
como se a casa dos teus amigos ou a tua própria fosse.
Toda morte humana me diminui, porque sou parte da humanidade.
Então não queira saber por quem os sinos dobram:
eles dobram por ti.

(JOHN DONNE — DEVOTIONS UPON EMERGENT OCCASIONS, 1623)

Nenhum homem é uma ilha. Ele foi desenhado para ter intimidade. Cristão antipático (isto é: cristão que não se simpatiza com o outro, em sua dor ou em sua alegria) é uma contradição em termos…

2. O ser humano foi feito à imagem e semelhança de Deus.

O Criador apresentou assim a sua decisão: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança (Gênesis 1.26). Ele pôs o projeto em curso, terminando-o: Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (verso 27).
A comunhão possível entre o Criador e a criação é o melhor sinal da semelhança humana com o divino. Ela nasce, na verdade, desta semelhança, que pode ser pensada como seus atributos de inteligência e livre-arbítrio,   MCKENZIE, John I. Os grandes temas do Antigo Testamento. Petópolis: Vozes, 1971, p. 108. mas que pode ser vista também como a capacidade humana de amar. “O que faz de nós humanos não é nossa mente, mas nosso coração; não nossa habilidade de pensar, mas nossa capacidade de amar” (Henri Nouwen).
Quem não ama não é semelhante a Deus, porque Deus é essencialmente amor. E Deus é tão essencialmente amor que Ele nos amou mesmo sabendo que não seria correspondido.

Há um outro sinal desta imagem divina em nós. É aquilo que o autor de Eclesiastes chama de “idéia de eternidade” ou “anseio pela eternidade”. Deus pôs no coração do homem o anseio pela eternidade (Eclesiastes 3.11).
Deus é eterno e pôs em nós mesmo desejo. Este desejo fez os faraós do Egito ou os chefes do México indígena construir aquelas notáveis pirâmides, fez os engenheiros brasileiros levarem ao Pão de Açúcar o bondinho e estenderem a ponte Rio-Niterói, fez Camões  contar a aventura dos lusíadas, fez Machado de Assis escrever seus romances, fez Michelangelo esculpir seus heróis como se fossem de carne e osso, fez Portinari agigantar seus painéis, fez Beethoven escrever suas sinfonias, fez os Beatles cantarem pelo mundo, fez Chico Buarque de Hollanda compor suas peças; faz com que os autores escrevam, faz com que os idosos registrem suas memórias, faz com que os políticos defendam suas honras, faz com que pais e mães gerem filhos.
Depois de mortos, ainda falamos. Está em nós querer sobreviver a nós mesmos. Não há mal nisto; é dom de Deus. A pergunta que temos que nos fazer é: qual será os nossos legados? Não é preciso perguntar se deixaremos legados, porque todos os deixaremos. E o que legaremos?

No capítulo 2 de Gênesis temos a criação do homem narrada de outro modo, a partir da seguinte síntese: Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente (Gênesis 2.7).
Este resumo tem sido interpretado como a indicação de que o ser humano tem um corpo e uma alma, esta recebida em algum momento entre a concepção e o nascimento. Somos, no entanto, desafiados pela revelação bíblica a pensar holisticamente. O dualismo corpo/alma, encontrado na teologia e na prática dos cristãos, não está presente na Bíblia. Na revelação bíblica, o ser humano pensa, sente, deseja e age. A idéia da natureza humana implica em unidade, não em dualidade. Não há um contraste entre corpo e alma (H. Wheeler Robinson). A interpretação judaica e cristã exclui o dualismo grego de corpo e alma (Oscar Cullmann). O corpo, portanto, não é a fonte do mal, logo algo a ser evitado ou negado ou afligido. Em outras palavras, o ensino bíblico é holistico, não dicotômico. A noção de que a alma é uma entidade imoral que entra no corpo no nascimento e o deixa após a morte é estranha ao ensino bíblico acerca do homem. Antes, o ser humano é uma unidade, em que alma, corpo, carne, mente e etc estão juntos para constituir um ser completo. SCHNEIDER, Robert J. What the bible teaches about creation. Disponível em <http://www.berea.edu/SpecialProject/scienceandfaith/essay01.asp>. Acessado em 10.9.2004.
O ser humano não tem corpo, espírito e mente. Ele é  corpo, espírito e mente. Podemos pensar num ser humano dicotômico (corpo e alma) ou tricotômico (corpo, alma e espírito ou corpo, alma e mente) apenas didaticamente, apenas para entender as dimensões da complexidade humana.
Está cada vez mais clara a interação corpo e mente na nossa experiência cotidiana. Sabemos que desconfortos e desajustes psíquicos produzem sintomas e doenças no corpo ou os agravam. Um psiquiatra (Carlos Briganti, de São Paulo) chegou a fazer uma previsão que soa hoje escandalosa: “haverá um dia em que o homem vai olhar para trás e dar risada ao saber que existia uma faculdade para ensinar medicina e outra para ensinar psicologia”.Cf. ARRUDA, Antônio. Quando a doença do corpo vem da mente. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u2256.shtml>. Acessado em 10.04.2003.

Assim como Deus é uma Trindade que mantém a Sua unidade, o ser humano é uma unidade bio-psíquica-espiritual que põe em marcha nossas marcas de seres criados, formados e nutridos à imagem e semelhança de Deus. Isto quer dizer também que Deus é primeiro, por melhores que nos achemos, o que quer dizer também que quem é sua imagem e semelhança não pode cultivar hierarquias, senão uma: Deus põe, cabendo ao ser humano obedecer; quando o ser humano põe, Deus pode dispor.
Quando Deus põe, Ele põe nos lugares certos. O homem, por exemplo, dispondo a ordem divina, tende a se achar superior à mulher, mas Deus os criou iguais. Devemos ter sempre em mente que a mulher foi e é feita para participar da vida do homem, não apenas de suas experiências sexuais. Formada da mesma carne e do mesmo osso, ela é companheira; logo, igual.  MCKENZIE, John I. Os grandes temas do Antigo Testamento…, p. 104.
Esta igualdade intrínseca não é apenas entre homem e mulher, mas entre todos os seres humanos. Há uma igualdade intrínseca na humanidade.

3. O ser humano tem uma intransferível responsabilidade.

O fato de ser imagem e semelhança de Deus e ter sido formado no final do primeiro ciclo criador de Deus dá ao homem uma responsabilidade que os outros seres não têm: cuidar do resto da criação. A incumbência está clara nas palavras do próprio Deus: Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão (Gênesis 1.26). Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra. Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão. (Gênesis 1.28b-30)

Ao lermos esta belíssima narrativa, devemos tomar cuidado para não incorrermos num antropocentrismo, conquanto o homem seja a obra-prima da criação, na esteira do salmo 8 e do salmo 115: Os mais altos céus pertencem ao Senhor, mas a terra ele a confiou ao homem (Salmo 115.16).
“A idéia de que os seres humanos, por serem coroas da criação, podem dispor de todas as coisas (animais, plantas, recursos materiais) para seus próprios propósitos é estranha ao testemunho bíblico e não pode ser defendida. Neste sentido, o antropocentrismo está em contradição com o respeito devido à criação de Deus e é uma das importantes raízes da crise ecológica contemporânea e está em contradição com o respeito devido à criação de Deus. Não há dúvida que, de acordo com o relato da criação bíblica, os seres humanos surgiram por último. No entanto, isto não implica necessariamente em preeminência sobre todas as outras criaturas. Isto não nos lembra o fato que o resto da criação precede a vida humana, que surge no interior da comunhão das criaturas”.
Há, no entanto, um tipo de antropocentrismo biblicamente aceitável. É aquele que nos mostra que “os seres humanos são chamados a desempenhar um papel especial e específico no mundo”. Assim, “o simples fato que a humanidade conta com poder suficiente para destruir a vida no planeta impõe uma responsabilidade que não pode fugir”. Não é exagero pensar os seres humanos como “sacerdotes da criação”.  Listening to Creation Groaning. Reflections and Notes on Creation Theology. Memorandum addressed to the European Christian Environmental Network (ECEN). Disponível em <http://www.ecen.org/theology.doc>. Acessado em 10.9.2004.
Afinal, o futuro da criação depende da libertação dos filhos de Deus (Romanos 8.10-22): A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto.
O ser humano sujeitou a natureza, não para o propósito por Deus colocado, mas para seu próprio propósito. Quando o ser humano for libertado, a natureza também o será. Nosso compromisso é viver a vida hoje na perspectiva do que ela será, quando o “ainda não” do Reino de Deus for completamente substituído pelo “já” por Jesus Cristo soberano.
Todos somos colocados no mundo criado por Deus e precisamos reconhecer que toda forma de vida merece ser vivida. “O respeito ao valor intrínseco de todas as criaturas é uma pré-condição para uma vida em comunhão com o Criador”. Listening to Creation Groaning… A comunhão com o Criador pressupõe uma comunhão com as suas criações.

JÁ QUE SOMOS IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS…

… precisamos respeitar a criação.

Toda a criação de Deus tem um propósito. E não foi tão somente servir ao homem, antropocentrismo que tem provocado a destruição da vida na terra.
Tem razão uma irmã que me escreveu: “Em toda a minha vida, só ouvi um pastor pregar sobre (…) a bondade e o respeito que as pessoas deveriam ter para com os animais. Estou cansada de ver, “cristãos”, maltratando animais, fazendo crueldade mesmo, ensinando a seus filhos a chutarem cachorro, baterem em gato etc… (…) Já vi até pastores maltratando animais!”
De fato, a Bíblia nos esclarece sobre como devemos tratar os animais ditos irracionais. Um dos Provérbios sagrados nos lembra que o justo olha pela vida dos seus animais (Provérbios 10.12 — ARA),. mas pela maldade dos habitantes da terra que animais e aves perecem (Jeremias 12.4). Embora tenhamos avançado, parece que muitas pessoas olham para a criação de modo diferente de Deus, que olhou para tudo o que criou e gostou. Mais que gostar dos animais, o Criador olhou para eles e os abençoou. Iremos nós amaldiçoá-los?
Houve também um significativo avanço no tratamento dispensado aos excepcionais, esteja a sua deficiência no cérebro ou no corpo. Houve um tempo em que as crianças, consideradas física ou mentalmente incapazes, eram mortas, por serem improdutivas. Hoje, são respeitadas, com afeto, pesquisa e organizações. No entanto, ainda temos muito que avançar na direção de menos preconceito e mais recursos, de modo que as famílias possam.
Mesmo nas igrejas, precisamos avançar: para muitos, o choro de crianças enfermas incomodam, quando deviam ser um convite à intercessão, e o barulho de crianças que se relacionam de modo diferente com o mundo deve ficar do lado de fora. O lugar delas é na igreja, que deve acolhê-las como obras-primas de Deus, apesar da sua diferença. O ainda incipiente ministério que desenvolvemos com os surdos é de grande valor, porque cada um deles foi criado por Deus, é amado por Deus, que espere que o respeitemos, amemos e, se for o caso, cuidemos. Onde estão os cegos? Onde estão os que se locomovem em cadeiras de rodas?
Essas diferenças não nos devem incomodar. Que nenhum de nós seja empecilho para esses diferentes chegarem a Jesus.
O que nos devem incomodar são as crianças, saudáveis ou não, depositadas nas nossas ruas, exploradas por adultos. O que nos devem indignar são as crianças mergulhadas em conflitos de adultos, mortas por fuzis, facas e bombas, como no Iraque, na Palestina e no Sudão. O que nos deve doer são as crianças com suas vidas cortadas pela fome ou pelo analfabetismo.
O que temos feitos por estes seres criados, como nós, pelo Criador? Eles esperam a manifestação dos filhos de Deus.

… precisamos nos humilhar diante do Criador.

A pergunta do salmista deve ser a nossa, todo dia na oração da manhã: o que é o homem comparado com o Criador? (Salmo 8.4)
Nossa tendência é olharmos para as nossas realizações como se fossem nossas…
Como é difícil nos colocarmos em nosso lugar: obra de um Criador. Os conselhos bíblicos são claros e duros: Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará (Tiago 4.10). Humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido (1Pedro 5.6).

… precisamos aceitar que somos amados por Deus.

O fato de ter sido criado por Deus e à sua imagem e semelhança, junto com os demais fatores posteriores da revelação, devem dar a cada ser humano uma certeza absoluta: Deus o ama.
Há muitos lendo apenas os versos 1 e 9 do salmo 8, que dizem: Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra! Por razões de ordem interna, tais pessoas acabam afirmando a sua nulidade, como se a nulidade humana fosse necessária para se afirmar a grandeza de Deus. É preciso continuar na leitura do mesmo salmo, para se ver o que está no verso 5: Deus nos fez um pouco menor do que os seres celestiais e nos coroou de glória e de honra (Salmo 8.5).
 

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Israel Belo de Azevedohttps://www.prazerdapalavra.com.br
Israel Belo de Azevedo, é um pesquisador interessado em usar a internet para mostrar a acurácia e atualidade das Escrituras Sagradas e, assim, demonstrar que fé e razão são como dois trilhos de uma linha de trem. Israel Belo de Azevedo é um escritor com vasta publicação em diferentes áreas. Seus primeiros livros foram na área de história e pesquisa acadêmica. Os seguintes foram sobre filosofia e teologia. No momento, tem-se dedicado mais fortemente ao ensino e à aplicação da Bíblia. Por isso, preparou as notas de duas edições das Sagradas Escrituras: “Bíblia Sagrada Bom Dia” e Bíblia, o Livro da Esperança” (ambos da Sociedade Bíblica do Brasil, que prepara uma terceira, sobre orações). O projeto no qual tem dedicado mais tempo presentemente é a preparação de uma nova versão da Bíblia, que seja entendida por todos. Trata-se da “Bíblia “Prazer da Palavra”. Desde 1999, Israel Belo de Azevedo pastoreia a Igreja Batista Itacuruçá, localizada no bairro da Tijuca, região central da cidade do Rio de Janeiro. É casado com Rita e pai de Rachel. Ele é graduado em teologia e em comunicação. Tem pós-graduação em história e mestrado em teologia. É doutor em filosofia.