Mateus 5.10-12: CONVITE À CORAGEM

CONVITE À CORAGEM
Mateus 5.10-12

Pregado na Igreja Batista Itacurucá, em 13.6.1999 . manhã

1. INTRODUÇÃO
Se quiséssemos sintetizar as recomendações contidas nesta bem-aventurança, diríamos que se trata de um convite à coragem.

2. CORAGEM PARA INCOMODAR.
2.1. O paradoxo da perseguição
O cristão é perseguindo porque/quando ele incomoda. Nossa presença tem que incomodar. Quando incomodamos, podemos até ser perseguidos (por palavras e por ações). Aliás, a perseguição revela o verdadeiro caráter do mundo, ao injustiçar quem vive para a justiça.

2.2. O melhor compromisso
O cristão é perseguido porque ele não é deste mundo, embora esteja nele. Seu compromisso não é com o mundo. O cristão é perseguido porque o mundo não conhece a Deus e a Jesus Cristo. O mundo quer fazer o que seu corpo/coração deseja, enquanto o cristão busca fazer o que Deus deseja. O cristão dedica sua vida a Deus e não aos seus próprios desejos.
Na verdade, o mundo persegue os cristãos porque tem um conceito errado acerca de Deus e pensa que Deus existe para satisfazer os anseios humanos, já que Ele é amor. Sim, Ele é amor, mas requer justiça.

3. CORAGEM DE SER
3.1. A ameaça do  medo
O contrário de coragem é medo. Há pessoas com medo de viver, preferindo entregar-se à doença, ao desânimo, ao desamor, à preguiça, à inutilidade.
O medo tem um poder destruidor. O medo se assemelha a um gás paralisante… Quem está com medo não age.

3.2. O poder da diferença
Jesus nos convida a ter a coragem de sermos sal. O sal é diferente daquilo que salga. O poder do sal está na sua diferença.
O sal preserva, penetra (inserindo uma nova qualidade onde penetra), dá sabor (influencia/transforma o gosto das coisas), se propaga (e quando começa a se espalhar, nada o detém).
O sal serve também para provocar sede. Nossa presença deve provocar sede de Deus nas pessoas.

3.3. A luz que reflete
Jesus nos convida a ter a coragem de sermos luz. A luz é clara, penetrante, iluminadora, reveladora e guia. A luz desmancha o caos, faz separação entre o certo e o errado, avisa (função de farol) e protege.
A luz do cristão não é própria, mas reflete a luz de Deus. Luz tem a ver com alegria.
A luz é pura. O cristão deve caminhar na luz, isto é, em pureza.
O mundo não tem outra luz, só a nossa.
Nossa luz existe para executar boas obras e glorificar a Deus. A glória de Deus é o objetivo de todo cristão (Ef 1).

CONCLUSÃO
Precisamos de:
. Coragem de ser (pondo de lado todas as amarras à felicidade)
. Coragem de ser cristão (pondo de lado todos os compromissos paralelos ao compromissão radical com Deus)
. Coragem de viver o que se é (sem mascaramento e duplicidade)
. Coragem de afirmar que se é o que se é (como no caso de Pedro, que negou três vezes quem era…
. Coragem de proclamar a salvação que vem de Deus