Romanos 16.25-27: O DEUS QUE TEM PODER

O DEUS QUE TEM PODER
Romanos 16.25-27

(Da série BÊNÇÃOS APOSTÓLICAS, 1)

Pregado na IB Itacuruçá, em 15.8.1999 (noite)

1. INTRODUÇÃO
As bênçãos apostólicas são desejos de bênção para os ouvintes/leitores da epístola. Só por isto, por serem expressões de desejos, já são válidas e indicam a natureza do Evangelho, que é notícia boa.
Essas bênçãos, geralmente colocadas ao final das cartas, são chamadas de doxologias, ou palavras de glória. Glória, no grego, é doxa, que quer dizer possuir e ser pleno de perfeita luz; dar glória é afirmar que Deus é perfeito.

2. O DEUS DO EVANGELHO
Deus é poderoso para nos manter de pé, não importam as circunstâncias. Esta sustentação é garantida pelo poder de Deus, que fez os céus, a terra e pelo próprio homem. Não se funda esta certeza no poder do próprio homem. É por isto que o Evangelho é o poder de Deus que fortalece, para a vida, aquele que crê.
Deus é único para nos revelar o mistério que Ele mesmo guardou em segredo por milhares de anos, tornando-o claro em Jesus Cristo. O Evangelho é o projeto único e singular de Deus para atrair o ser humano para si. O Evangelho é o projeto de um Deus que é amor pleno. Neste sentido, Ele único, porque o que propõe visa não o seu próprio bem, mas o bem (vale dizer, a salvação, a re-união) daquele que aceita Seu oferecimento.
Deus é sábio para nos ensinar a viver. Deus dota o homem do anelo por Ele, sem tirar dele a liberdade essencial que o torna autenticamente humano. O Evangelho é a loucura de Deus, porque fundada na sabedoria dEle, que não se limita às limitações humanas; antes, revela, pela cruz, aquilo que o homem não pode alcançar por sua própria razão, razão que o limita, porque o homem não se esgota no plano da razão.
Por isto, o mesmo apóstolo agradece a Deus por sua graça para conosco (1Co 1.4-9).

3. O EVANGELHO DE DEUS
Esta doxologia é um resumo da epístola de Paulo aos Romanos.
Há um eco claro, nela, com a afirmação essencial, feita no primeiro capítulo, de que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos aqueles que crêem (Rm 1.16-17).
O Evangelho é a consumação da história. Jesus Cristo é a razão de ser da história humana. O Evangelho é a afirmação de que Deus é rei.
A expressão “Evangelho de Paulo” pode parecer estranha, mas não é. Antes, quer dizer que o Evangelho que nós pregamos tem que ser igual ao Evangelho de Jesus. A fidelidade de Paulo, e também a nossa fidelidade, permite esta afirmação: “meu Evangelho”.

3.1. O mistério
Paulo diz que este Evangelho é um mistério, guardado em segredo desde os primórdios. Por que o Evangelho é um mistério?
. É verdade ainda não conhecida.
. É verdade que não pode ser conhecida pela razão.
. É verdade que só pode ser revelada por Deus.
. É verdade que não é criação da mente humana.

3.2. O propósito do mistério
Este mistério é revelado por Deus para um propósito: levar as nações (e obviamente os indivíduos) à obediência de fé e ao amor uns pelos outros.
A fé cristã tem a ver com esse mistério. A fé vem pelo ouvir este Evangelho e na pregação de Jesus Cristo. Este mistério, guardado em silêncio por Deus, é dado a conhecer na Bíblia.
Portanto, como se alcança a compreensão deste mistério? A resposta é: pela obediência de fé
Deus quer que o homem conheça o Evangelho. Sem Jesus não há Evangelho (que é comunicação para o homem, sem o qual não há sua transmissão). Enquanto não conhece este mistério, o homem ainda inventa caminhos próprios para alcançar a Deus, em lugar de pesquisar nas Escrituras o conselho de Deus. Há, pois, evangelhos que não são iguais à pregação de Jesus Cristo.

3.3. A meta da fé
A meta do homem de fé é dar glória a Deus (somos feitos para o louvor da glória de Deus, segundo o mesmo apóstolo — Ef. 1)

4. CONCLUSÃO
Deus é poderoso, único e sábio, porque fez o céu, a terra e o homem a partir do nada, salva o homem, mas lhe respeita o livre-arbítrio.
Deus é poderoso. No entanto, nós achamos que temos poder, quando não conseguimos sequer compreender a nós mesmo, por exemplo.
Deus é único. No entanto, nós criamos outros deuses, fracos mas maleáveis.
Deus é sábio. No entanto, desde o Éden, nós nos achamos mais sábios do que Deus, como o demonstram, às vezes, nossas orações, que ousam ensinar a Deus como proceder.
Dar glória a Ele é afirmarmos que é poderoso, único e sábio.
Dar glória a Ele é nos submetermos a Ele.

5. APÊNDICE
DOXOLOGIA 1
(Rm 16.25-27)

É ao Deus que é poderoso para confirmar,
no coração que se oferece para acreditar,
a verdade que edifica o novo a partir do velho
e transforma o mundo pela força do Evangelho

É ao Deus que é único para agora revelar
o mistério de Cristo que veio nos outorgar
para que deixássemos de ver como num espelho
a clara plenitude do seu eterno conselho

É ao Deus que é sábio para ensinar e proclamar
à comunidade dos marcados para amar
que Jesus Cristo é a razão de ser da história

É a este Deus, Senhor poderoso, único e sábio,
que, movido pela fé e pleno de prazer, meu lábio
canta, em nome do Filho, hoje e sempre, toda a glória.
 DEUS QUE TEM PODER
(Rm 16.25-27 Pregado na IB Itacuruçá, em 15.8.1999 (noite).)

1. INTRODUÇÃO
As bênçãos apostólicas são desejos de bênção para os ouvintes/leitores da epístola. Só por isto, por serem expressões de desejos, já são válidas e indicam a natureza do Evangelho, que é notícia boa.
Essas bênçãos, geralmente colocadas ao final das cartas, são chamadas de doxologias, ou palavras de glória. Glória, no grego, é doxa, que quer dizer possuir e ser pleno de perfeita luz; dar glória é afirmar que Deus é perfeito.

2. O DEUS DO EVANGELHO
Deus é poderoso para nos manter de pé, não importam as circunstâncias. Esta sustentação é garantida pelo poder de Deus, que fez os céus, a terra e pelo próprio homem. Não se funda esta certeza no poder do próprio homem. É por isto que o Evangelho é o poder de Deus que fortalece, para a vida, aquele que crê.
Deus é único para nos revelar o mistério que Ele mesmo guardou em segredo por milhares de anos, tornando-o claro em Jesus Cristo. O Evangelho é o projeto único e singular de Deus para atrair o ser humano para si. O Evangelho é o projeto de um Deus que é amor pleno. Neste sentido, Ele único, porque o que propõe visa não o seu próprio bem, mas o bem (vale dizer, a salvação, a re-união) daquele que aceita Seu oferecimento.
Deus é sábio para nos ensinar a viver. Deus dota o homem do anelo por Ele, sem tirar dele a liberdade essencial que o torna autenticamente humano. O Evangelho é a loucura de Deus, porque fundada na sabedoria dEle, que não se limita às limitações humanas; antes, revela, pela cruz, aquilo que o homem não pode alcançar por sua própria razão, razão que o limita, porque o homem não se esgota no plano da razão.
Por isto, o mesmo apóstolo agradece a Deus por sua graça para conosco (1Co 1.4-9).

3. O EVANGELHO DE DEUS
Esta doxologia é um resumo da epístola de Paulo aos Romanos.
Há um eco claro, nela, com a afirmação essencial, feita no primeiro capítulo, de que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos aqueles que crêem (Rm 1.16-17).
O Evangelho é a consumação da história. Jesus Cristo é a razão de ser da história humana. O Evangelho é a afirmação de que Deus é rei.
A expressão “Evangelho de Paulo” pode parecer estranha, mas não é. Antes, quer dizer que o Evangelho que nós pregamos tem que ser igual ao Evangelho de Jesus. A fidelidade de Paulo, e também a nossa fidelidade, permite esta afirmação: “meu Evangelho”.

3.1. O mistério
Paulo diz que este Evangelho é um mistério, guardado em segredo desde os primórdios. Por que o Evangelho é um mistério?
. É verdade ainda não conhecida.
. É verdade que não pode ser conhecida pela razão.
. É verdade que só pode ser revelada por Deus.
. É verdade que não é criação da mente humana.

3.2. O propósito do mistério
Este mistério é revelado por Deus para um propósito: levar as nações (e obviamente os indivíduos) à obediência de fé e ao amor uns pelos outros.
A fé cristã tem a ver com esse mistério. A fé vem pelo ouvir este Evangelho e na pregação de Jesus Cristo. Este mistério, guardado em silêncio por Deus, é dado a conhecer na Bíblia.
Portanto, como se alcança a compreensão deste mistério? A resposta é: pela obediência de fé
Deus quer que o homem conheça o Evangelho. Sem Jesus não há Evangelho (que é comunicação para o homem, sem o qual não há sua transmissão). Enquanto não conhece este mistério, o homem ainda inventa caminhos próprios para alcançar a Deus, em lugar de pesquisar nas Escrituras o conselho de Deus. Há, pois, evangelhos que não são iguais à pregação de Jesus Cristo.

3.3. A meta da fé
A meta do homem de fé é dar glória a Deus (somos feitos para o louvor da glória de Deus, segundo o mesmo apóstolo — Ef. 1)

4. CONCLUSÃO
Deus é poderoso, único e sábio, porque fez o céu, a terra e o homem a partir do nada, salva o homem, mas lhe respeita o livre-arbítrio.
Deus é poderoso. No entanto, nós achamos que temos poder, quando não conseguimos sequer compreender a nós mesmo, por exemplo.
Deus é único. No entanto, nós criamos outros deuses, fracos mas maleáveis.
Deus é sábio. No entanto, desde o Éden, nós nos achamos mais sábios do que Deus, como o demonstram, às vezes, nossas orações, que ousam ensinar a Deus como proceder.
Dar glória a Ele é afirmarmos que é poderoso, único e sábio.
Dar glória a Ele é nos submetermos a Ele.

5. APÊNDICE
DOXOLOGIA 1
(Rm 16.25-27)

É ao Deus que é poderoso para confirmar,
no coração que se oferece para acreditar,
a verdade que edifica o novo a partir do velho
e transforma o mundo pela força do Evangelho

É ao Deus que é único para agora revelar
o mistério de Cristo que veio nos outorgar
para que deixássemos de ver como num espelho
a clara plenitude do seu eterno conselho

É ao Deus que é sábio para ensinar e proclamar
à comunidade dos marcados para amar
que Jesus Cristo é a razão de ser da história

É a este Deus, Senhor poderoso, único e sábio,
que, movido pela fé e pleno de prazer, meu lábio
canta, em nome do Filho, hoje e sempre, toda a glória.

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