João 13.1-7: JESUS NOS MOSTRA QUEM É O OUTRO

JESUS NOS MOSTRA QUEM É O OUTRO
João 13.1-7

(Pregado na Igreja Batista Itacuruçá, em 247.12.2006, manhã, culto 2)

PRELÚDIO
Quando eu era criança, em Vitória, no Espírito Santo, havia uma família em nossa igreja que causava um certo mal estar em nós. Acho que poucos iam à casa deles, porque na porta principal havia uma placa, que julgávamos antipática: “Seja bem-vindo, mas limpe os pés”.
Para nós, eles não eram hospitaleiros. Onde já se viu umas boas-vindas daquela?
Todos queremos ser bem recebidos onde vamos. Por isto, procuramos receber bem as pessoas em nossas casas. É claro que a noção de hospitalidade muda com o tempo, em função de muitos fatores.
No Oriente antigo, era sinal de cortesia e hospitalidade cuidar do corpo todo, não só do estômago, dos visitantes. Esperava-se que um anfitrião, quando recebia alguém ilustre, tomasse a iniciativa de ungir sua cabeça com perfume; este gesto era recebido como uma homenagem (Salmo 23.5). Como parte de sua cultura, a mulher pecadora ungiu os pés de Jesus (Lucas 7.39), por não se achar digna de perfumar os seus cabelos.
Outro sinal de cortesia era lavar os pés dos visitantes. Quando Abraão recebeu a visita de três pessoas, que ele ainda não sabia que eram anjos, convidou-os a ficar em sua casa, quando teriam  seus pés lavados antes de se deitarem (Gênesis 18.2-4).
Encontramos ainda outra história ilustrativa, não só de hospitalidade, mas também de hospitalidade associada com humildade. Abigail, diante de Davi e seu bando militar, apresentou-se com as seguintes palavras: “Aqui está a sua serva, pronta para servi-los e lavar os pés dos servos de meu senhor” (1Samuel 25.41).
Ao tempo de Jesus, a prática era comum em sua região, região de ruas e estradas de chão, logo empoeiradas. Ademais, as pessoas, durante as refeições e festas, praticamente se deitavam diante da mesa onde estava o alimento. Lavar as mãos e os pés era necessário.
Lendo a história narrada no capítulo 13 de João, aprendemos um pouco mais sobre hospitalidade. Em nosso tempo, não existe a prática de lavarmos os pés uns dos outros. Em nossa cultura, quando recebemos algum convidado, procuramos caprichar. Quando ele chega em nossa casa, nós o saudamos, com um abraço ou um beijo. Se for a primeira vez, é um costume em muitas famílias mostrar a casa cômodo por cômodo. Depois, todos se assentam para conversar ou comer. Na hora de comer, é comum o convidado lavar, ele mesmo, suas mãos. Nosso convidado não espera que lavemos suas mãos ou seus pés. Também não é esperado que ele tire os seus sapatos.
Vivendo inteiramente em sua cultura, Jesus lavou os pés dos seus discípulos. A casa era emprestada. Não estamos, portanto, diante de uma demonstração de hospitalidade. Jesus sempre parte das situações, vivencia-as e muda o seu significado. Jesus sempre muda as coisas, para nos ensinar uma verdade ou para nos oferecer uma vida com qualidade.
Neste caso, ele tomou uma prática arraigada no tempo (o banho dos pés) para ensinar como devem ser as relações entre as pessoas. Segundo a Bíblia, ele se levantou da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura (versos 4-5).
Nesta hora, Judas estava consolidando seu pacto com o Diabo pata trair Jesus.
Nesta hora, os discípulos se perguntavam quem era o maior. Não se consideravam servos, que tinham a missão de lavar os pés dos senhores e dos visitantes ilustres. Não fazem o mesmo alguns quando esperam cargos na igreja para poderem servir a Jesus?

2. POR QUE JESUS LAVOU OS PÉS DOS SEUS DISCÍPULOS?
Lendo cuidadosamente a narrativa bíblica, encontramos as razões pelas quais Jesus lavou os pés dos seus discípulos.
Nesse momento, estavam reunidos numa casa em Jerusalém, talvez no andar de cima (daí Cenáculo). O gesto de Jesus, de lhes lavar os pés, precedeu a Ceia que partilhou com eles. É provável que este salão foi o palco também da cena do Pentecoste e acabou se tornando uma sinagoga utilizada pelos primeiros cristãos.
Quero assinalar três razões para o gesto de Jesus no Cenáculo, segundo o texto.

2.1. Jesus tinha um projeto de vida claro (verso 1).
A síntese joanina é eloqüente: “Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (verso 1).
Se eu pudesse definir como Jesus se via, eu usaria uma palavra: peregrino. Ele sabia que era um peregrino, no sentido que sabia que estava de passagem pela história humana e tinha uma missão a ser cumprida. Assim como não se agarrou à sua divindade no céu, não se agarrou à sua humanidade na terra. Por isto, amou os seus queridos até o fim. Seu projeto de vida era amar até o fim de sua vida.
Quem tem um projeto de vida claro empenha a sua vida para realizar o seu projeto. Por isto, Jesus se humilhou daquele modo: o Senhor fez o papel de servo. Os ricos terceirizavam a tarefa de lavar os pés dos seus convidados. Jesus mesmo o fez, lavando e enxugando os pés dos seus discípulos.
Somos cristãos, logo estamos a caminho do cenáculo final (o céu), onde a presença de Deus brilhará como o sol. Estar a caminho não é fugir; é fazer o caminho. Temos um caminho por fazer. Há cristãos que não entenderam a essência peregrina de suas vidas. Somos peregrinos com um projeto de vida. Sabemos porque viemos ao mundo, porque estamos no mundo e para que estamos no mundo. Se há uma diferença em ser cristão, é esta.
O modo como nos relacionamos com os outros, o modo como vemos os outros, o modo como nos vemos a nós mesmos tem a ver com o projeto que temos para nossas vidas.

2.2. Jesus tinha uma auto-imagem em plena sintonia com a imagem que o Pai tinha dele (verso 3).
Quem era Jesus? O verso 3 traz a resposta mais definitiva de todo o Novo Testamento: “Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus” (verso 3).
O que Jesus pensava de si mesmo era o que o Pai pensava dEle. Além de ter consciência de sua missão, tinha certeza da aprovação divina para as suas atitudes.
Por isto, pôde olhar para os homens (traidores, como Judas e Pedro) não como os homens olham; Ele olhou para os homens como Deus os olha. Ele amou Judas até o fim; amou Pedro até o fim. Mesmo sabendo que estava próximo de ser traído, Ele não se viu como uma vítima do complô de Satanás para eliminá-lo. Ele se viu como Amado de Deus.
Se não temos uma auto-imagem em plena sintonia com a imagem que o Pai tem de nós, podemos nos achar vítimas das situações ou das pessoas más. Estamos sob pressão no trabalho, na família e na rua, mas sabemos que Deus está conosco, capacitando-nos para viver de modo livre, guiados não pelas pressões e tentações, mas guiados pelo Espírito Santo.
Estamos sempre sendo julgados. Com Jesus não foi diferente. Sua família o julgava como lunático. Os religiosos da época o julgavam como impostor. Seus discípulos o tratavam como um líder político. O povo o buscava por milagres. No entanto, estes julgamentos não determinaram seu jeito de ser. Ele os amou até o fim porque saberia que era amado por seu Pai, que o aprovava.

2.3. Jesus sabia que o Evangelho é para ser ensinado com a palavra e com a vida combinadamente (versos 14-15)..
Depois do gesto real, cheio de significados, Jesus lhes disse que lavara os seus pés para lhes dar o exemplo de como deveriam viver. Ele pensava neles, depois que os deixasse; ele pensava em nós, que conheceríamos o Evangelho graças aos seus discípulos, encarregados de levar a boa notícia de Jesus adiante.
O amor é para ser vivido. Por isto, demonstrou seu amor lavando os pés dos discípulos. Seus pés estavam sujos e daqui a pouco se deitariam à mesa para a Ceia. Seus pés estavam sujos depois da longa caminhada até Jerusalém. Eram todos hóspedes naquela casa, que estava mobiliada, mas vazia. Jesus se tornou o anfitrião.
A hospitalidade era para ser ensinada e vivida. Jesus tomou uma demonstração de hospitalidade e a aprofundou para incluir a humildade, que deve ser ensinada e vivida.
O Evangelho não é o que dizemos: é o que vivemos.

INTERLÚDIO
Se Jesus lavou os pés dos discípulos e disse que o fazia para ensinar os seus discípulos, estamos incluídos  no lava-pés?
Estamos incluídos.
Mas como seguir o ensino de Jesus, se não temos hoje, senão simbolicamente, como lavar os pés dos outros, sejam discípulos (que não os temos no sentido que Jesus tinha), sejam amigos?
Não tem sentido lavar os pés uns dos outros em sua prática literal. Nossos pés não ficam sujos de poeira, como naqueles tempos de sandálias em ruas e estradas descalçadas.
A igreja católica tem tomado o ensino como aplicável ao seu alto clero. É comum que, uma vez por ano, a cerimônia se repita, incluindo o papa, que lava os pés de convidados ou de religiosos. Há igrejas evangélicas que ainda repetem o ritual, revivido literalmente.
Estes gestos podem gerar discussão, mas está claro para todos os cristãos o sentido do gesto de Jesus. Ele mesmo o explica: “Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou” (versos 12b-16)
A simplicidade de Jesus nos enternece. A humildade de Jesus nos encanta. Em sua simplicidade e humildade, lavou os pés dos seus discípulos, mas, se fizermos o mesmo, o significado se perderá. Em nossa cultura, o lava-pés ritualizado não faz sentido.
Na verdade, cada cultura, em seu tempo, deve encontrar a sua forma de reviver o exemplo de Jesus. O lava-pés continua válido, desde que atualizado.
O lava-pés se realiza nos gestos que traduzem hospitalidade. O lava-pés se atualiza em gestos que traduzem humildade, generosidade, fraternidade.
Como demonstrar que não nos achamos vítimas de nossos irmãos? Como demonstramos que apreciamos estar em sua companhia? Como demonstramos que somos dependentes uns dos outros? Como demonstramos que somos realmente iguais?
Penso que há uma forma que se aproxima do gesto humilde de Jesus.
Quando vou a uma loja comprar sapatos, eu me assento num banco e o vendedor se ajoelha para colocar o calçado em meus pés. Ele me olha de baixo para cima. Por instantes, eu o olho de cima para baixo. É uma situação incômoda, que evoca humildade.
Desde João Batista, calçar as sandálias nos outros é um gesto de humildade. Na cultura de Israel, trocar sandálias era um gesto de amizade e confiança mútua, usado para selar as transações comerciais (Rute 4.7). O primo de Jesus não se achava digno de trocar sandálias com ele, nem mesmo se abaixar para desatar as sandálias do Messias (Mateus 3.11; Marcos 3.7; Lucas 3.16; João 1.27; Atos 13.25).
Um cáustico programa televiso brasileiro também repete o gesto, convidando celebridades do mundo artístico a calçar as sandálias da humildade. Há, no entanto, alguma diferenças: no programa, a humildade é imposta e o convidado calça sandálias em si mesmo.
Para aproximar o lava-pés do calçar no outro as sandálias da humildade, o gesto deve ser voluntário, por iniciativa própria, e as sandálias devem ser calçadas nos outros. Não é uma humildade abstrata, mas concreta.
(Neste momento, o pregador chama os integrantes do Coro Jovem a música “Sandálias” e começa a calçar as sandálias de alguns; o gesto é imitado e eles calçam as sandálias uns dos outros.)

3. PRECISAMOS LAVAR OS PÉS UNS DOS OUTROS
O que Jesus pede aos discípulos pede a nós. Ele pediu: “lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros” (14b).
O que Paulo pede para as viúvas (na verdade, ministras do Evangelho em sua época), pede a nós. Ele pediu: “Nenhuma mulher deve ser inscrita na lista de viúvas, a não ser que tenha mais de 60 anos de idade, tenha sido fiel a seu marido e seja bem conhecida por suas boas obras, tais como criar filhos, ser hospitaleira, lavar os pés dos santos, socorrer os atribulados e dedicar-se a todo tipo de boa obra”.
Devemos encontrar formas de viver o lava-pés, mesmo que não reproduzamos o gesto do mesmo modo.
Estamos prontos?

3.1. Estamos prontos para lavar os pés uns dos outros quando reconhecemos que não podemos nos purificar a nós mesmos e deixamos que Jesus nos lave.
Precisamos ter os nossos pés lavados por Jesus. Para tanto, precisamos parar de nos achar bons demais. Jesus não salva os bons, que, não sendo bons, mas se achando bons, fecham seus corações para Jesus.
Somos lavados quando entendemos que “quando, da parte de Deus, nosso Salvador, se manifestaram a bondade e o amor pelos homens, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tito 3.4-6). Deixemos que Deus nos regenere e renove.
Ninguém é ruim demais que não possa ser salvo. Pedro se achava indigno de ter os seus pés lavados por Jesus. Pedro tinha razão, mas a graça de Jesus está além da razão. Pedro não merece, nenhum discípulo merecia, nenhum de nós merece, mas Jesus nos salva.
Diante deste oferecimento, nossa atitude deve ser a de Pedro, depois de ter aprendido o que Jesus estava fazendo com ele, ao lhe dizer: “Se eu não lavar os seus pés, você não terá parte comigo”. A resposta de Pedro foi registrada com uma pitada profunda de humor: “Então, Senhor, não lave apenas os meus pés, mas também as minhas mãos e a minha cabeça!” (versos 8-10).

3.2. Estamos prontos para lavar os pés uns dos outros quando admitimos a nossa igualdade comum.
Há uma história aparentemente paralela nesta narrativa; é a história de Judas, que não está registrada por acaso neste lugar. Diz o texto: “Estava sendo servido o jantar, e o Diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus” (verso 2). Jesus “sabia quem iria traí-lo, e por isso disse que nem todos estavam limpos” (verso 11).
O lava-pés era uma afirmação da igualdade entre os homens. Judas se julgava mais sábio que Jesus, achando que sabia como Ele devia desenvolver o seu ministério. Com um coração destes, não lavado por Jesus, Judas foi escolhido por Satanás para levar a cabo o plano que tinha. O verso 2 pode ser traduzido também assim: “O diabo já havia resolvido que usaria Judas Iscariotes para trair Jesus”.
O diabo tenta fazer conosco o que fez com Judas. Ele está por perto para nos dizer que somos melhores que os outros e que não precisamos nos rebaixar para ninguém… O exemplo do lava-pés, portanto, é também uma advertência. Não podemos nos achar maiores que Ele.
Se achamos que alcançamos o status espiritual tamanho que olhamos com desdém para os que não tiveram seus pés lavados por Jesus
Você tem sido muito santo? Lembre-se de quando você foi lavado por Jesus. Dê graças a Deus. Você estava todo sujo. Jesus faz o mesmo com os sujos de hoje. Anuncie-lhes Jesus.
Admitindo nossa igualdade uns com os outros, recordamo-nos que somos capazes de amar e somos capazes de odiar. Somos capazes de ser fiéis e somos capazes de trair.  Ser igual é reconhecer-se menor que o outro, com menos virtudes que o outro.
Talvez precisemos lavar os pés uns dos outros todos os dias, tal a tentação da arrogância e da vaidade a nos rondar. Você já decorou Filipenses 2.5-7? É um bom exercício: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo”.

3.3. Estamos prontos para lavar os pés uns dos outros quando nos dispomos encontrar formas de lavar os pés dos outros, para atender as necessidades dos outros e as nossas.
Nosso mestre é Jesus, não Sartre, que disse que o inferno são os outros. Jesus Cristo, que nos ama até o fim, nos chama a amar até o fim.
Como poremos em prática o seu ensino e o seu exemplo acerca da humildade?
Precisamos de um claro projeto de vida. Qual é o seu? Você se considera um peregrino, como Jesus se considerava, a caminho do encontro com o Pai? Você é um maltrapilho da graça, cujos pés precisam ser lavados?
Precisamos ter de nós a imagem que Jesus tinha de si, em plena sintonia com a imagem que o Pai tinha dele. Quem é você: você veio do Pai e para Ele está voltando? O que você pensa a seu respeito é o que Deus pensa? Você se sente aprovado por Deus em tudo o que faz? Você se importa com o que Deus pensa de você ou com o que os outros pensam de você?
Precisamos combinar teoria e pratica em nossas vidas. Você tem falado do amor e vivido o amor de Jesus? Você tem lavado os pés de outras pessoas, de modo que o seu Evangelho é o que você vive?

POSLÚDIO
Dois meninos, que moravam nas ruas, passavam por uma delas. A calçada estava cheia de tijolos. A dona da casa viu os meninos, descalços e sujos, e lhes perguntou:
— Querem me ajudar a carregar os tijolos? Eu pago um sorvete para vocês.
Os garotos transportaram os tijolos, quase que um a um, tão fracos estavam. Quando acabaram, a mulher, uma cristã, lhes convidou para almoçar.
Chamou-os para a mesa, onde todos comeriam. Os garotos, envergonhados, se recusaram. Ela insistiu. Eles se assentaram à mesa.
Ao final, a dona da casa convidou um deles para morar com eles. Neste tempo, ela lhes ensinou a trabalhar e depois encaminhou-os para um emprego. Ela lavou os pés daqueles garotos.
Neste emprego, o garoto começou a aprontar e abandonou o trabalho. Teve que voltar para as ruas. De novo, a mesma dona de casa o convidou para morar com ela. E outra vez o encaminhou para um emprego, o mesmo emprego, com a mesma empresária, também uma cristã, que o aceitou de volta.
Pela palavra e pela vida destas duas cristãs, o jovem que-morava nas ruas também se tornou um cristão, batizado por mim.