PERSEVERE
Jeremias 12.1-5
Preparado para ser pregado na IB Itacuruçá, em 7.5.2006, manhã
Jeremias 12.1-5
Não há campo em que sejamos menos entusiasmados do que a política; não há área em que achemos que nada mais há a ser feito do que a política. No entanto, o ministério de Jeremias se desenvolveu no campo político. A missão dele era orientar seu povo, incluídos seus governantes, a se voltar para Deus e ouvir a sua voz. Ele não tinha uma comunidade atenta à qual pregava; ele tinha uma nação que contestava suas mensagens; ele tinha governantes que o prendia. Jeremias tinha tudo para desistir, chegando ao ponto de achar que Deus o enganara ao lhe chamar para aquela missão.
Eis o seu grito (Jeremias 20.7-13)
“Senhor, tu me enganaste, e eu fui enganado; foste mais forte do que eu e prevaleceste. Sou ridicularizado o dia inteiro; todos zombam de mim. Sempre que falo é para gritar que há violência e destruição. Por isso a palavra do Senhor [isto é: aquilo que Deus me inspira a dizer] trouxe-me insulto e censura o tempo todo. Mas, se eu digo: “Não o mencionarei nem mais falarei em seu nome”, é como se um fogo ardesse em meu coração, um fogo dentro de mim. Estou exausto tentando contê-lo; já não posso mais!”
Ouço muitos comentando: “Terror por todos os lados! Denunciem-no! Vamos denunciá-lo!” Todos os meus amigos estão esperando que eu tropece, e dizem: “Talvez ele se deixe enganar; então nós o venceremos e nos vingaremos dele”. Mas o Senhor está comigo, como um forte guerreiro! Portanto, aqueles que me perseguem tropeçarão e não prevalecerão. O seu fracasso lhes trará completa vergonha; a sua desonra jamais será esquecida.
12 O Senhor dos Exércitos, tu que examinas o justo e vês o coração e a mente, deixa-me ver a tua vingança sobre eles, pois a ti expus a minha causa. Cantem ao Senhor! Louvem o Senhor! Porque ele salva o pobre das mãos dos ímpios” (Jeremias 20.7-13).
Por crer assim, Jeremias prosseguiu em sua jornada, mesmo que solitária.
Quero deixar com você, então, um convite à perseverança.
1. DESEJANDO A PERSEVERANÇA
Se queremos conhecer a Deus e fazer a Sua vontade, precisamos perseverar neste conhecimento, porque o melhor está ainda por vir.
Se queremos alcançar a plenitude da salvação, precisamos perseverar neste caminho, que é feito de ação e contemplação, de contemplação e ação após o recebimento da graçaSe queremos mudar o modo com nossa vida profissional (como patrão ou como empregado ou como autônomo), precisamos de muito esforço, de demorado esforço, nesta luta, que não é feito a golpes de sorte, mas de muita transpiração.
Se queremos mudar o modo como navegamos na vida com nossas emoções, temos um longo oceano a singrar, porque num passe de mágica ninguém migra de uma auto-estima baixa, ou elevada demais, para uma auto-imagem equilibrada.
Se queremos ficar curados de uma doença, precisamos seguir as prescrições médicas, que podem incluir remédios e mudanças de hábitos, alguns desses que herdamos de muitas gerações passadas.
Se queremos viver num país com uma cara mais decente, há uma íngreme montanha a ser escalada.
Se queremos viver numa família que vale a pena, com respeito e companheirismo, há muitas milhas a serem caminhadas.
Se queremos viver numa igreja relevante para nós, nossa família e nossa comunidade, há muitos joelhos a serem dobrado, muitos compromissos a serem firmados, muita inteligência a ser desafiada, muitas almas a serem pastoreadas.
Se queremos ser ouvidos — Jeremias que o diga — precisamos saber que teremos que falar durante muito tempo e de forma mais eficiente a cada dia.
Se queremos aprender algo novo, precisamos prosseguir aprendendo.
Nada do que queremos ser virá sem que perseveremos.
Nada do que queremos ter virá sem que persistamos.
Nada do que queremos mudar acontecerá sem que nos apliquemos.
2. RAZÕES E CONTRA-RAZÕES PARA A DESISTÊNCIA
Por que, então, tendemos a desistir (ou desistimos)?
Não pense que só você quer desanimar. Jeremias esteve perto de desistir até da própria vida, depois de tanto tentar. Eis o que ele disse (Jeremias 20.14-18): “Maldito seja o dia em que eu nasci! Jamais seja abençoado o dia em que minha mãe me deu à luz! Maldito seja o homem que levou a notícia a meu pai, e o deixou muito alegre, quando disse: “Você é pai de um menino!” Seja aquele homem como as cidades que o Senhor destruiu sem piedade. Que ele ouça gritos de socorro pela manhã, e gritos de guerra ao meio-dia; mas Deus não me matou no ventre materno nem fez da minha mãe o meu túmulo, e tampouco a deixou grávida. Por que saí do ventre materno? Só para ver dificuldades e tristezas, e terminar os meus dias na maior decepção?” (Jeremias 20.14-18)
2.1. A cultura do sucesso rápido
Jeremias enfrentava o sucesso dos outros profetas. Eles é que eram bons. Eram citados. Eram respeitados. Ganhavam medalhas dos governantes. Por que ele não fazia o mesmo?
Em nossa época a sedução permanece. Vivemos numa cultura globalizada onde tudo é muito rápido. Nossa natureza, que gosta de soluções que importa em pouco esforço e nenhum sacrifício, fica encantada. A velocidade se tornou uma excelência a ser buscada. Até aquilo que se normalmente se obtém com dedicação e tempo é oferecido “mastigado” em rápidas lições.
Por isto, não devemos nos esquecer que a vida não é uma espécie de crediário. Não vivemos num restaurante fast food, onde muitas vezes a batata já está frita, ou num restaurante a quilo, onde a comida lhe olha antes de você chegar lá. A vida se assemelha a um restaurante em que o prato é preparado na hora; é mais gosto, mas demora mais a ser servido.
2.2. A natureza das coisas ignorada
Por vezes, tendemos a desistir quando nossas perguntas pendem sem resposta e não entendemos a razão de algumas coisas sucederem a nós ou a algum conhecido. Por que um câncer acomete uma pessoa temente a Deus, se há tantos maus saudáveis? A pergunta de Jeremias ecoa pelos séculos: “Por que o caminho dos ímpios prospera? Por que todos os traidores vivem sem problemas?” (Jeremias 12.1).
A viver é uma corrida contra homens que correm a pé e contra homem que correm a cavalo.
2.3. Medo de nossa incompetência
Jeremias, como lemos no relato de sua chamada (Jeremias 1.4-10), achava-se incompetente para realizar o que Deus lhe pedia. Na verdade, ele não sabia do que era capaz, e só o soube quando foi testado.
Por vezes, desanimamos por que não conhecemos nossa capacidade de resistir. Olhamos para o desafio e nos achamos incapazes de vencê-lo.
Na verdade, só conhecemos nossa capacidade quando somos testados. Recentemente um casal completou bodas de prata; é grande a dificuldade financeira da família, mas uma festa, modesta e bonita, foi providenciada. Quem diria! Há alguns anos uma tragédia se abateu sobre a família. O marido se envolveu sexualmente com uma colega de trabalho. Ele sempre foi o leme da casa, já que a esposa, por um problema de saúde emocional, controlada por um remédio controlado, era nula. No entanto, ela decidiu lutar para recuperação moral do seu marido. E conseguiu. Quando todos imaginavam que ela ficaria pelos cantos, dopada, ela descobriu do que era capaz e preservou com dignidade o seu casamento.
Se queremos avançar, precisamos olhar o que JÁ foi alcançado, tirando o foco do que AINDA não foi alcançado. Se queremos avançar, precisamos olhar para o prêmio a ser alcançado, não o preço a ser pago.
2.4. Enfermidade incapacitadora
Por vezes, desanimamos por sermos portadores de alguma enfermidade que nos incapacita para a perseverança. E aí não estão incluídas as limitações físicas, que nos impedem apenas de algumas coisas, mas não de todas, e até delas se pode tirar proveito.
São incapacitadoras aquelas doenças de fundo emocional, psicológico ou psiquiátrico. Neste caso, a pessoa com este tipo de dificuldade deve procurar ajuda, deve aceitar ser ajudado. Se seu cônjuge lhe diz que você precisa ir a um psiquiatra, vá. Se sua mãe acha que você precisa de um tratamento, submeta-se ao tratamento. Se seu amigo lhe recomenda uma psicoterapia, procura quem lhe possa ajudar.
3. VALE A PENA PERSEVERAR
Mesmo em suas limitações, Jeremias ouviu Deus lhe chamando à perseverança. Em vários textos do Antigo e do Novo Testamentos, a chamada é a mesma:
. [Jesus disse:] “Contudo, nenhum fio de cabelo da cabeça de vocês se perderá. É perseverando que vocês obterão a vida” (Lucas 19.18).
. “Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança” (Salmo 34.14).
. “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam” (Tiago 1.12).
. “Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança. O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 15.4-6).
. sejam “fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria, dando graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no reino da luz. Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados” (Colossenses 1.11-14).
Somos chamados a perseverar, a prosseguir no caminho, a correr com os homens para correr com os cavalos. A perseverança não é uma qualidade, como brinca Charles Swindoll (Perseverança. São Paulo: Vida), que se alcance com uma única oração do tipo “Senhor, dá-me perseverança, agora”.
Como nós, Jeremias se perguntava porque seu país passava por aquela situação, porque ele passava por aquela situação, porque os traidores de Deus e dos homens prosperavam, criando raízes e dando frutos (verso 2). Contudo, se queremos entender os caminhos da vida, precisamos perseverar. Este entendimento não está disponível em quatro lições de 15 minutos, feitas enquanto se assiste televisão ou se navega pela internet. Deus quer que corramos com os cavalos.
Como nós, Jeremias tinha uma atitude diante de Deus marcada pela atenção à Sua voz e pela obediência à Sua palavra; diz o profeta: “Tu, porém, me conheces, Senhor; tu me vês e provas a minha atitude para contigo” (verso 3). Por isto, se queremos perseverar numa atitude diante de Deus, marcada pela confiança e pela amizade, precisamos perseverar.
Como nós, Jeremias se sentia injustiçado e abusado; por isto, queria triunfar sobre injustiças e abusos, tribulações e tentações, como nós também, mas para vermos o triunfo de Deus e em nossas vidas, precisamos triunfar.
E vale a pena, porque perseverando, podemos até não alcançar, por algum outro fator no interior da soberania de Deus, mas não perseverando, jamais alcançaremos.
4. PARA DESENVOLVER A DISCIPLINA DA PERSEVERANÇA
Como, então, desenvolver a perseverança?
Eis aqui algumas sugestões que são vividas no caminho. Ninguém vai sair daqui perseverante, se não caminhar. Ninguém vai dormir impaciente e acordar perseverante. A vida é uma caminhada, às vezes com homens; às vezes, com cavalos. Só corremos com os cavalos, depois de aprendermos a correr a pé. O melhor da vida não está disponível para ser comprada num shopping ou numa igreja.
4.1. Tenha uma visão clara do que você quer alcançar.
Primeiro, comece olhando para aquilo que você deseja alcançar. Este é o primeiro passo na longa jornada da vitória. A vida não é feita de saltos, mas de passos, e o primeiro é ter uma visão clara do que se quer.
A pergunta é simples: o que você quer da vida? Alguns chamam isto de objetivo, outros de alvo, outros de sonho, outros de ideal. Não importa: qual é o seu?
Esta reflexão se impõe para aqueles que ainda não a fizeram.
Esta semana, numa visitação hospitalar, ouvi a história de uma estudante se encontrou com um dos mais respeitados profissionais de sua área, falando sobre seus desejos. Ele lhe perguntou: “Onde você quer estar daqui a dez anos?”. Ela respondeu e ele disse o que deveria fazer para chegar lá, e a segunda era muito simples, sim, a segunda, porque a primeira já estava feita: responder à pergunta “onde você quer estar daqui a dez anos?”.
Quando Deus chama Jeremias, diz-lhe: “Veja! Eu hoje dou a você autoridade sobre nações e reinos, para arrancar, despedaçar, arruinar e destruir; para edificar e plantar” (Jeremias 1.10). Jeremias viu e seguiu.
Se você não tem uma visão vinda de Deus para a sua vida, peça-Lhe esta visão.
4.2. Decida conquistar o que você deseja.
Um dos homens mais extraordinários da Bíblia é Calebe, o pai de todos os homens e mulheres de visão…. Gosto sempre de recordar seu exemplo. Enviado como espião para uma terra a ser conquistada, trouxe um relatório digno de confiança. Ele nunca perdeu a visão. Quando chegou aos 85 anos de idade, tinha a mesma visão. Como havia um território difícil que tinha visto como para ser conquistado, ele mesmo se levantou, formou uma equipe e a conquistou (Josué 14.6-15).
A visão traz o desejo da conquista, o desejo da conquista alimenta a perseverança e a perseverança abre as portas para a realizado do desejo. Na verdade, este desejo se torna um fogo interior. Jeremias o experimentou. Às portas do desânimo, o projeto de sua vida — de tornar Deus o centro de suas vidas, ele se anima, ao perceber quem Deus era para ele: era “como se um fogo ardesse em meu coração, um fogo dentro de mim. Estou exausto tentando contê-lo; já não posso mais!” (Jeremias 20.9).
A vida com Deus é uma caminhada, que começa com uma visão de quem Deus é e uma percepção de como Ele nos vê.
Se esta visão de Deus nos acompanha, somos capacitados com a coragem necessária para nos lançarmos à jornada. Que nos diga Calebe, que esperou 40 anos para conquistar a sua Hebrom. Que nos diga Davi, que também esperou 40 para conquistar Jerusalém. Que nos diga Jeremias, que teve que caminhar com o seu povo para o exílio, sabendo que esta era a vontade de Deus para o seu povo.
A decisão nos capacita correr a pé, antes de podermos correr a cavalo. Para perseverar nas grandes coisas, precisamos aprender a perseverar nas pequenas. As grandes coisas começam pequenas (Zacarias 4.10), todas, sem exceção.
4.3. Mantenha a visão.
Manter a visão não é ser teimoso. Os perseverantes são persistentes, não teimosos. Ser teimoso é persistir nos caminhos que você trilha; ser perseverante é persistir nos caminhos que Deus lhe preparou.
Fique em cima do cavalo mesmo que ele dê solavanco. Andei a cavalo uma única vez. Não foi fácil. Não tive tempo de aprender. Eu estava numa região rural em que não havia outro transporte disponível e precisa ir ao encontro de minha irmã, para buscá-la. Acompanhado por uma pessoa experiente, subi, fui e cheguei. Doía, mas fui porque eu tinha um objetivo, do qual não me esqueci.
Olho para os grandes realizadores de todos os tempos e vejo quanto perseveraram. Jerônimo levou 15 anos (391-405) para traduzir a Bíblia para o latim, tradução que levou 400 anos para ser reconhecida.
O que há de melhor na vida vem na longa duração, que é feita de pequenos saltos e também de grandes saltos, que vêm depois dos primeiros.
A longa duração pode pedir mudanças, decisões novas, que nos tire pesos que Deus não colocou, compromissos que Deus não nos pediu. Aquilo que nós continuamos fazendo só para provar que estávamos certos não é perseverança; é vaidosa teimosia.
4.4. Desenvolva o caráter.
A comparação entre corrida a pé e corrida a cavalo indica bem a natureza da perseverança.
É uma disciplina a ser desenvolvida. É uma qualidade a ser forjada.
O apóstolo Paulo nos ensina o valor desta disciplina: “Também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança [produz] um caráter aprovado; e o caráter aprovado [produz] esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5.3-5).
A esperança é um oferecimento de Deus para nós, por meio do Espírito Santo, oferecimento este que é recebido por quem tem um caráter aprovado na perseverança. O fundamento da perseverança é a esperança.
No desenvolvimento do caráter, precisamos considerar o preço da desistência. Quando alguns alunos me vêm falar de suas dificuldades em continuar, desejosos de trancar a matrícula nos seus cursos, eu lhes digo: “Saiba que se você parar agora, corre o risco de nunca mais voltar. Lembre-se da sua visão. Veja se vale a pena correr o risco”. Há um preço alto na desistência. Para quem desiste, o arrependimento é certo. E às vezes dá para reparar as suas conseqüências, às vezes, não.
Por isto, eu gosto da sugestão de Martin Luther King Jr.: “Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito”.
4.5. Celebre as pequenas vitórias.
Quando Jeremias lançou mão da poesia como recurso para se comunicar, depois que suas profecias se cumpriram, ele escreveu: “Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar. Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim. Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança” (Lamentações 3.19-21).
Se eu me fixar nas dificuldades, elas serão ainda mais duras. Se eu me ativer ao peso sobre minhas costas, vou arquear. Para ter esperança, e assim alimentar minha perseverança, eu preciso de uma visão daquilo que Deus já fez por mim. Quem fez faz. Eu estava num beco sem saída, mas Deus — que “é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam” (Lamentações 3.25) abriu uma brecha e houve saída para mim. Estou de novo num beco sem saída; por que Deus — em quem devo por a minha esperança (Lamentações 3.24) não fará outro buraco no muro para mim? Eu posso ter mudado, mas Ele não.
Na minha caminhada, então, precisamos olhar para o que Deus está fazendo e celebrar o que está fazendo, mesmo que seja algo bem pequeno, como um emprego que não é o emprego dos sonhos; uma palavra, mesmo seca, de quem nunca nos diz uma palavra sequer; um diagnóstico que abre uma fresta de esperança para o tratamento; um membro da família que sinaliza, mesmo que discretamente, um pedido de ajuda; a chegada de mais um voluntário à nossa equipe de trabalho na igreja; uma melhora na saúde de uma pessoa querida; uma bênção que bem poderia ser tomada como uma coincidência (aliás, não é Deus que faz as coisas coincidirem?)
Precisamos ter em mente “o trabalho que resulta da fé, o esforço motivado pelo amor e a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1Tessalonicenses 1.3).
Quando celebramos as pequenas vitórias, nós nos fortalecemos com a certeza de que Deus está conosco. Nosso caminho não é fácil sempre, mas não estamos sozinhos, mas contamos com o poder de Deus, que nos pede perseverança e nos capacita para a perseverança.