Mateus 6.5-15: APRENDENDO COM JESUS

APRENDENDO COM JESUS

Mateus 6.5-15

Pregado na Igreja Batista Itacuruçá, em 11.7.1999, noite

1. INTRODUÇÃO
Aprendendo a orar com Jesus.

2. A FORMA DA ORAÇÃO
verso 5
. quando orares — Oração não é apenas atitude, mas atitude e gesto (palavra) [O caso do irmão Lourenço, que orava enquanto lavava as louças]
orar em pé — oração não como estilo de vida, mas como cumprimento de uma obrigação / Os judeus piedosos, ao tempo de Jesus, recitavam o Shemá (trechos de Deuteronômio 6 e 11 e Números 15), de manhã e à noite, e ainda o Shemome Esre (as oito bem-aventuranças, registradas em Deuteronômio 28) três vezes ao dia (às 9, ao meio e às três da tarde). Alguns organizavam suas vidas, de modo a estarem em lugares bem visíveis nessas horas. É como se dissessem: “olha eu aqui!” [O caso dos muçulmanos ainda hoje]
Oração não é show, em que se imposta a voz e se fazem gestos. Por isto, oramos de olhos fechados: não é peça de oratória, pois não é para ninguém brilhar.
. já receberam a sua recompensa — Queriam os aplausos dos homens e certamente já o receberam. Há pessoas que ainda hoje fazem questão que saibam que oram e têm poder. Pessoas que oram e que parecem cartomantes, porque “advinham” coisas, em lugar de revelar o concelho de Deus.

verso 6
. tu, porém — O discípulo deve ter outra atitude. Não deve imitar os outros, mas deve seu comportamento ter algo nitidamente pessoal.
. fecha a porta — Oração é momento de intimidade com Deus. Eis alguns exemplos de algumas coisas para facilitar esta intimidade: sentar sempre num mesmo lugar, ajoelhar-se, disciplinar-se (marcar, por exemplo, o tempo), usar um livro devocional, ter uma agenda de oração, orar depois de ler a Bíblia, dormir orando, orando tomando banho, etc.)
secreto — a oração individual é diferente da pública. Não é para expor algo ao público, mas para se expor diante de Deus. É desnudamento. É jogo da verdade. É momento de confissão de pecados. É momento de falar e ouvir.

verso 7
. vãs repetições — Oração deve ser derramamento do espírito, não uma reza (conjunto repetido de palavras). Os pagãos repetiam os nomes dos seus deuses, para ver se ouviam…
O “pai nosso” não é uma fórmula, mas uma indicação de nossas atitudes na hora da oração. Não é uma oração para ser repetida, mas um modelo de conteúdo. Na há mágica na oração. Não há poder nas palavras, colocadas estas ou aquelas, nesta ou naquela ordem. Não existe nenhum tipo de “oração que funciona”. A resposta é um gesto soberano de Deus, a quem não podemos manipular, por mais que tentemos por vezes.

verso 8
. vosso Pai sabe — Oração é entrega e descanso. Mencionamos nossas necessidades, que Deus já conhece, para entregarmos (isto é: tirarmos de nós) essas necessidades a ele. É também uma declaração de confiança nEle.
Não precisamos de dar instruções a Deus, sobre ele deve fazer ou agir para conosco. Oramos para ele nos ensinar e não nós a ele.

3. O CONTEÚDO DA ORAÇÃO (verso 9-15)
. Pai nosso — Ao orarmos a um Pai, sabemos que seremos tratados como filhos. A oração nos coloca no interior da família de Deus. Trata-se de um novo relacionamento com Deus, que não é terrível, mas pai (papai). É a este que oramos. Embora ele esteja nos céus, ele fez tabernáculo conosco.
. santificado — Nossa vida deve santificar a pessoa de Deus. Como, se Deus é santo perfeitamente? [Abrir para o público]
– é aceitar a sua transcendência (ele está nos céus)
– louvar a sua grandeza
– entender que o mundo só o conhecerá (santificará) por nosso intermédio
– é viver de modo honre a Deus

. venha o teu reino — A oração é o momento de reconhecermos a soberania de Deus sobre nossas vidas e sobre a história. Ela nos aponta a dimensão escatológica, da qual, por vezes, nos esquecemos, perdidos na imanência. Nossa história é finita, mas o Reino dele é infinito.
. tua vontade — A oração é o tempo de aceitar o projeto de Deus para a vida dos seus filhos. não se trata de uma vontade arbitrária, mas amorosa.
. pão nosso — Dá-nos hoje o pão de que precisamos. O pão é (e simboliza) a garantia da vida, pelo alimento. Pedi-lo significa reconhecer que Deus é o Senhor da história.
. perdoa-nos — A oração é o espaço para o conhecimento dos erros e dos fracassos. O perdão divino reacende na pessoa perdoada a certeza da presença de Deus. Quando pedimos perdão, reconhecemos a nossa fragilidade.
. cair em tentação — A tentação é algo presente em nossas vidas, se queremos vivê-las segundo os padrões de Deus. Se não somos tentados, é porque já nos entregamos ao Tentador.
. se perdoardes — A maior tentação é a de não perdoar. Há outras tentações, como: confiar em si mesmo; duvidar de que Deus nos responde; viver segundo os valores do presente século.

4. CONCLUSÃO
Conselhos práticos para uma vida de oração.

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