Amo o Deus que em Jesus se prostra,
inclinando-se para escutar quem não crê,
para encontrar aquele que ainda não tem fé,
por amar completamente — eis a sua proposta.
Amo o Deus que em Jesus se mostra
como aquilo que amorosamente, plenamente é:
até para quem não queira se deixar por Ele escolher,
para o vazio do seu coração, Ele é a única e completa resposta
Amo o Deus de braços pregados na cruz
e cujas solenes palavras finais são longos gemidos
de gracioso perdão para os que do seu sangue fizeram pus.
Amo o Deus de corpo cortado ao ritmo dos cravos batidos
e cujo silêncio no túmulo não teve companheiros conhecidos
até que a história, no terceiro dia, conhecesse a plenitude da sua luz.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
2006