Na minha aflição, junto ao abismo da morte,
levado para o fundo na onda do pavor
que escrevia sozinha minha triste sorte,
longe da face afável do meu Redentor;
minha dor crescendo sem que ninguém se importe,
meu futuro encerrado num muro de horror,
meu sonho pintado em imagens de terror,
minha fé cessando qual vela sem suporte,
das promessas do Pai a mim não esqueci.
a Ele por socorro em lágrimas clamei,
de olhos fechados Seu rosto contemplei
por fé um cântico grato eu lhe ofereci
por um instante, apesar da dor, não temi,
e o Espírito agiu e sua voz escutei.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO