João 17.1-3 e outros: JESUS: SINGULARIDADE AFIRMADA

JESUS: SINGULARIDADE AFIRMADA

JESUS CRISTO RECEBEU AUTORIDADE SOBRE TODA A HUMANIDADE (João 17.1-3)

[CONHEÇA]
Jesus vende. Pelo menos uma vez por ano, por exemplo, Ele (e eu escrevo maiusculamente o “E”) é capa de revistas de grande circulação, no Brasil e no mundo cristão e pós-cristão. Um autor criou uma trama que revela dados imaginários sobre a vida de Jesus, num livro que se tornou um dos mais vendidos no mundo inteiro. Seu autor fez ficção, mas muita gente acha que fez história. Até quem não leu o livro faz julgamento sobre Cristo e os cristãos.
Na esteira destes livros, houve uma enquete na França, com o mesmo tipo de preocupação: 85% dos entrevistados responderam que o fato de Jesus Cristo ter sido casado e tido, portanto, vida sexual não mudaria a sua imagem, mas 43% acham que a hipótese de Jesus ter tido uma mulher não deve ser excluída.
Neste contexto, voltou o interesse pelos livros apócrifos, textos que não foram considerados dignos de figurar no Novo Testamento. No caso específico, eles não foram censurados por ninguém; apenas não eram conhecidos, a não ser por fragmentos, quando o Novo Testamento foi editado. São todos datados depois do segundo século. Além disso, nenhum deles foi escrito por um apóstolo ou teve um apóstolo de Jesus como fonte. Mais que isto: nenhum deles revela nada de novo sobre o Deus que se fez carne. Ao contrário, seus ensinos contradizem os ensinos que os quatro evangelhos e as epístolas canônicas apresentam, o que tornaria inaceitável sua inclusão na lista inspirada, porque se o homem se contradiz o Espírito Santo não se contradiz. A este propósito, uma boa leitura é “Por que quatro evangelhos”, de David Alan Black (editora Vida).
No Brasil, uma revista de divulgação científica para jovens lançou uma pergunta aos seus leitores. A maioria respondeu que a igreja errou ao censurar os livros apócrifos, que lançam luzes sobre a pessoa de Jesus. Notemos bem a pergunta: “A igreja estava errada ao excluir os evangelhos apócrifos?”. A resposta que se queria se teve.
Até hoje, a literatura apócrifa pós-apostólica continua povoando a imaginação das pessoas. As pessoas acreditam numa espécie de conspiração, para esconder delas a verdade sobre Jesus Cristo. Quando foram descobertos os manuscritos do mar Morto (em torno de  Qumran), correu mundo a idéia de que a história do Cristianismo seria mudada, com a Bíblia desmoralizada. Os manuscritos foram traduzidos; não há nenhuma informação sobre Jesus, embora fiquemos conhecendo um pouco mais sobre a vida social e religiosa ao tempo de Jesus; as diferenças entre as versões que conhecemos e as de Qumran, comparadas palavra com palavra, são estatisticamente desprezíveis. Mas, é claro: ainda há gente que acha que estão escondendo alguma coisa.
Além do desejo do escândalo para despertar interesse e em vender (tem sido assim com todas as personalidades histórias, nenhum delas tão fascinante como Jesus), essas atitudes fazem parte de uma marca humana: a arrogância, a mesma marca que tirou Adão e Eva da companhia de Deus e que levou o chamado Filho Pródigo e sair de casa em direção ao nada.
A arrogância mata. A arrogância do saber leva o ser humano a achar que a felicidade está em conhecer. Se olhamos para os nossos lados, vemos que conhecimento e felicidade não rimam. Quem mais conhece não é quem vive melhor. Isto não nos deve levar a uma celebração da ignorância, mas a colocar o conhecimento no seu lugar. Quando João escreveu seu Evangelho, tinha uma intenção: que o conhecimento de Quem é Cristo experimente a vida, que é Jesus. O conhecimento pelo conhecimento mata; o conhecimento com o conhecimento de Jesus traz vida.
A arrogância mata. A arrogância do poder leva o homem a achar que a felicidade está em dominar a natureza e as pessoas. Desde cedo, o homem quer mandar. As trajetórias de alguns permitem este exercício em suas últimas conseqüências, que levam alguns ao delírio, psicologicamente falando. O caso do imperador macedônio Alexandre, dito o Grande, é emblemático. Segundo a lenda em torno da sua vida, ele comentou as vitórias militares do seu pai com melancolia: “Ele não deixará nada para conquistarmos”. Quando chegou ao poder, assassinado o pai, saiu numa volúpia conquistadora do mundo, cujas fronteiras que queria ampliar. Consta que a cada grande vitória, ele se lamentava com o medo de não ter mais mundo para conquistar. Ele morreu jovem, antes de completar 33 anos, derrotado pelo vinho.
A arrogância mata. A arrogância do prazer leva o homem a achar que a felicidade está em mergulhar sua mente e seu corpo no gozo. É o que explica, por exemplo, o sucesso da droga, das leves às pesadas, e a permanência da prostituição, tanto a formal quanto a informal. O homem foi feito para o prazer, ensina a Bíblia. Cito poucas das muitas passagens, neste sentido: Confirmados pelo Senhor são os passos do homem em cujo caminho ele se deleita (Salmo 37.28 – ARA). Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão, e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz? Escutem, escutem-me, e comam o que é bom, e a alma de vocês se deliciará com a mais fina refeição (Isaías 55.2 -NVI). O Senhor, o seu Deus, está em seu meio, poderoso para salvar. Ele se regozijará em você; com o seu amor a renovará, ele se regozijará em você com brados de alegria (Sofonias 3.17- NVI). O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o meu cântico o louvarei (Salmo 28.7 — ARA). O homem foi feito por prazer e para o prazer, mas o homem não encontra prazer no prazer desconectado de Deus. Sem Deus, o prazer se perde na dinâmica mórbida da destruição, como o aprendeu o filho pródigo da parábola contada por Jesus.

A arrogância, do saber, do poder e do prazer, mata, ao glorificar o homem, colocando-o num lugar que não é o seu. Acima dele está o que sabe todas as coisas, Jesus, o que pode todas as coisas, Jesus, o que torna prazerosas todas as coisas.
Assim mesmo, Ele pede que o Pai demonstre a Sua glória, porque sabe que o Seu ministério é da humilhação. Os olhos O contemplam e não vêem beleza alguma, porque pisado, ferido e dilacerado pelas nossas transgressões, transgressões que levou sobre seu corpo, para que o nosso corpo pudesse conhecer o poder do perdão.
O melhor conhecimento, portanto, é o conhecimento de que Jesus recebeu toda a autoridade sobre a humanidade, para conceder a vida eterna a todos os que crêem nele. A humanidade precisa da vida eterna e Jesus tem a autoridade, pelo Pai oferecida, para oferecer esta vida eterna aos dela (todos nós) carecidos. Se alguém ainda tem dúvida do que seja a vida eterna, o próprio Filho de Deus esclarece: Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Esta vida eterna pode-a receber quem abre mão de sua auto-glorificação, pelo saber, pelo poder ou pelo prazer, onde habita o vazio, para se deixar alcançar pela a luz de Jesus, o Rei da Glória. Não se glorifique a si mesmo. Glorifique a Jesus.

CRISTO JESUS VEIO AO MUNDO PARA SALVAR OS PECADORES (1Timóteo 1.15-17)

ARREPENDA-SE
O apóstolo Paulo sintetiza magistralmente a missão de Jesus: Ele veio ao mundo para salvar os pecadores.
Jesus mesmo o disse (Lucas 19.1-10). Quando Ele se encontrou com um representante do poder executivo romano na cidade de Jericó, encarregado da cobrança de impostos, provocou um escândalo. Como podia o mestre dos pobres jantar na casa de um membro da elite? Para Jesus, aquele servidor público era necessitado de salvação como qualquer pessoa. Ele era também um filho de Abraão, isto é, alguém comum quanto às suas necessidades espirituais. Não importa o gigantismo do saber e a força do poder de uma pessoa; enquanto ela não descer de sua posição, onde foi posta ou a si mesmo se colocou, não conhecerá Jesus, que não se esconde jamais, mas não é visto, porque Ele só é visto por quem reconhece a sua necessidade dEle. Quando uma pessoa se reconhece como pecadora, dos seus olhos saem escamas e passa a ver. Jesus veio buscar e salvar o que estava perdido.
Não importa o estado desta perdição. O apóstolo Paulo, quando fez sua síntese, se viu na história e percebeu o quão indigno era de ser salvo. Sua autobiografia não o ajudava: quando foi alcançado pela luz poderosa de Jesus, ele era arrogante, blasfemo e perseguidor violento dos seguidores deste mesmo Jesus.
Todos precisamos nos alegrar com uma declaração desta: por mais arrogantes e até blasfemos que tenhamos sido, nenhum de nós perseguiu aos seguidores de Jesus. Mas a boa notícia continua: mesmo que isto tenha acontecido, a salvação continua oferecida. Para nos salvar, Jesus veio ao mundo.
Para sermos salvos, precisamos olhar para a nossa biografia. E o que veremos? Veremos uma pessoa necessitada de Jesus, porque se afastou de Deus voluntariamente, seguindo o roteiro do saber, do poder ou do prazer.
Sejamos mais realistas: veremos uma pessoa distante de Jesus, que, embora tenha ouvido seu delicioso convite, preferiu outros caminhos. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Mas saber disso é pouco. O que salva é desejar trilhar Este Caminho, seguir Esta Verdade e experimentar esta Vida. Para ser Caminho, Verdade e Vida, Jesus pagou o preço: Ele morreu para isto. Disto todos sabemos, mas saber é pouco.
Nós precisamos olhar para as nossas vidas, perceber as escolhas que fizemos e aceitar que foram escolhas erradas, porque afastadas de Jesus. Nós precisamos nos arrepender de nossas escolhas, dos caminhos trilhados, da verdade seguida e da vida vivida. Este é o único preço a pagar: arrependermo-nos. O servidor de Jericó, Zaqueu, foi salvo porque, movido pelo desejo de conhecer, abriu mão do seu poder e subiu a uma árvore para ver Jesus. Quando recebeu o saboroso convite, movido pelo desejo de conhecer, abriu mão do seu poder, desceu da árvore e recebeu Jesus na sua mesa e na sua vida, para nunca mais ser o mesmo.
Jesus ainda hoje nos olha, não importa onde estejamos, e nos faz o mesmo convite: “Vem!”.

CONFESSEMOS QUE JESUS É O ÚNICO NA PRESENÇA DE MUITAS TESTEMUNHAS (1Timóteo 6.12-16)

CONFESSE
O apóstolo Paulo leva às últimas conseqüências o significado da missão de Jesus. Cristo não veio buscar e salvar o que se perdeu? Cristo não veio oferecer vida eterna? Então, diz o apóstolo: Tome posse da vida eterna.
Vida eterna! Que presente glorioso de Deus! Por que nos contentarmos em viver de modo miserável?
A pergunta inevitável é: como faço para tomar parte desta vida eterna, que Jesus oferece?
O escritor bíblico nos lembra que Deus infunde vida, apenas vida, a todas as coisas e vida, mas vida eterna, aos que crêem. O autor sagrado nos garante que, no final da história humana, Cristo voltará como rei, em sublime e suprema majestade. O inspirado apóstolo nos faz saber que só com Cristo podemos ver a luz da presença e da glória de Deus. Ninguém pode ver esta luz fora de Cristo.
Continua a pergunta: como posso tomar posse desta salvação eterna, para que desde já eu possa descansar em Deus?
Reconheça que Jesus Cristo é único. Ele é singular porque é o único mediador entre nós e Deus, como ponte que nos leva para o Pai. Ele é singular porque nos livra das trevas, libertação que nos lança no reino da esperança.
Confesse que Jesus Cristo morreu em seu lugar. Quando Ele morreu, o pecado de se afastar de Jesus  foi perdoado; por isto, os braços estendidos na cruz continuam abertos até agora, para receber você.
Convide Jesus para ser não o Salvador do mundo, que Ele o é, mas o seu Salvador, não o Senhor da história, que Ele é, mas o seu Senhor. Quando Ele reinar no seu coração, seu medo irá embora, sua lágrima será enxugada, sua angústia será preenchida.
Quem é o Senhor da sua vida? Deixe que seja Jesus Cristo. Tome posse da vida eterna. Permita que o Único reine em seu coração.

CONVIDE
Segundo a Bíblia, certa vez, Jesus disse em alta voz:
— Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (João 12.44-46).

Crendo em Jesus Cristo, o ser humano crê em Deus, vendo Jesus, o ser humano vê a Deus.
Crendo em Jesus Cristo, o ser humano vê a Luz e, vendo a Luz, não permanece das trevas, fica fora do poder das trevas.
Você quer Deus? Você quer a Luz que ilumina a sua mente e aquece o seu coração?
Confesse que Jesus é o único capaz de salvar você, na presença das testemunhas aqui presentes. A salvação é uma experiência individual, para ser vivida no interior da comunidade. Quando a comunidade se reúne, ela canta louvores a Jesus Cristo e todos saímos fortalecidos. Quando a igreja se encontra, ela ora pelos que precisam de socorro. Quando a comunhão acontece, os corações frios são aquecidos, as almas agitadas são acalmadas e as mentes autocentradas são corrigidas pelo Espírito Santo de Deus.

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