Jesus não tinha residência fixa. Ele era um pregador itinerante. Não pastoreava uma igreja.
Jesus era um professor peripatético. Não tinha uma escola onde ensinasse regularmente.
Em suas viagens missionárias, acompanhado por seus alunos, curava e ensinava. Sua mensagem, na contramão das religiões e das ideologias da época, dava significado a vidas de pessoas cujas vidas não tinham significado.
Sua mensagem tinha um conteúdo básico: o Reino de Deus tinha chegado com Ele, para inaugurar uma nova era na terra, a partir do perdão dos pecados dos que cressem nEle como Messias (para os judeus) ou Salvador (para os não-judeus).
Onde ele chegava, suas ações e palavras geravam paz mas também espada. Sim, espada e paz. Não há como uma pessoa ficar indiferente ao evangelho; neste sentido, o Evangelho é espada porque demanda decisão. Ao tempo de Jesus (como em todas épocas), alguns preferiam ficar com suas tradições religiosas à novidade do Evangelho, enquanto outros recusavam o Evangelho por terem seus interesses contrariados com a proposta radical do Reino de Deus ensinado e vivido por Jesus.
Para muitos, contudo, o Evangelho era (como é) paz para quem recebe a sua oferta de paz. E ao longo do pastorado diferente de Jesus muitas pessoas, homens, mulheres, crianças, jovens, adolescentes, adultos, escravos, livros, judeus, romanos, estrangeiros, aceitaram sua oferta de paz e passaram a fazer parte do Reino de Deus.
1. HISTÓRIA DE UMA DESCOBERTA
Mas Jesus não era destas quiromantes que lêem as mãos e anunciam um futuro brilhante para o primeiro incauto que parar diante delas. Aliás, segundo o folclore familiar, quando eu era garoto, passeando por Colatina (no Espírito Santo), diziam meus pais, uma dessas segurou minhas mãos e leu nelas um futuro brilhante para mim: rico e famoso. Ouvindo o vaticínio, completamente falso, alguém se ofereceu para ficar comigo; como meus pais recusassem, tentou até me “comprar”. Minha vida, nem rica, nem famosa, mostra que a quiromancia é um engodo. Se conseguisse, teria levado gato por lebre. Jesus não era falacioso.
Jesus não era destes pregadores que garantem sucesso após sucesso na vida, mas, ao contrário, falou de cruz, que há uma cruz a ser carregada por aquele que quer ser seu seguidor. Jesus não era mentiroso.
Jesus não era destes homens que querem ser amados a qualquer preço e que fazem tudo para serem reconhecidos, para terem sempre pessoas formando-lhe uma claque. Jesus não era vaidoso.
Por isto, depois de falar do preço do discipulado, perguntava aos seus seguidores se queriam deixá-lo. Jesus não barateava o Evangelho para descer mais fácil na goela das pessoas. O Evangelho incluía o domingo do túmulo vazio, mas não excluía a sexta-feira da cruz.
Mais de uma vez, ele confrontou corajosamente seus seguidores. Uma delas aconteceu numa de suas viagens (segundo o relato do evangelista Marcos).
Depois de algum tempo tocando sua missão com os seus discípulos, “ele lhes perguntou:
— Quem o povo diz que eu sou?
Eles responderam:
— Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, um dos profetas.
— E vocês? — perguntou ele. — Quem vocês dizem que eu sou?
Pedro respondeu:
— Tu és o Cristo”.
(Marcos 8.27-29)
A mesma história é relatada com mais detalhes pelo evangelista Mateus.
“Chegando Jesus à região de Cesaréia de Filipe, [cidade conhecida depois como Banias — ou Panias, em árabe — é uma cidade aos pés do Monte Hermon em Israel. Localizada junto às Fontes de Banias, uma das nascentes do Rio Jordão, fica a 150 km ao norte de Jerusalém e 60 km a sudoeste de Damasco. Nela ficava a rocha de Pã (daí Panias), deus grego dos pastores.] perguntou aos seus discípulos:
— Quem os outros dizem que o Filho do homem é? [Filho do homem é uma expressão que o profeta Ezequiel usou 93 vezes para se referir a si mesmo; Jesus fez o mesmo e por 80 vezes aplicou o título a si mesmo, indicando sua natureza humana. Estêvão se refere a Jesus como filho do homem.]
Eles responderam:
— Alguns dizem que é João Batista [que morrera alguns anos antes]; outros, Elias [que viveu no século 9 antes de Cristo]; e, ainda outros, Jeremias [que viveu no século 7 antes de Cristo] ou um dos profetas.
— E vocês? — perguntou –. Quem vocês dizem que eu sou?
Simão Pedro respondeu:
— Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Respondeu Jesus:
— Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades [inferno] não poderão vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus.
Então advertiu a seus discípulos que não contassem a ninguém que ele era o Cristo. Desde aquele momento Jesus começou a explicar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse para Jerusalém [localizada 150 km ao sul] e sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no terceiro dia”.
(Mateus 16.13-21)
A resposta de Pedro é simplesmente extraordinária. Ninguém a formulara antes dele. É como se, de repente, tudo lhe fizesse sentido. A vida passou a ter significado, porque sua espera pelo Messias terminara, porque o Messias chegara.
Todo aquele que, perguntado “quem é Jesus?”, oferece a mesma resposta que Pedro deu, alcança o significado da vida. O significado da vida, portanto, depende da resposta a esta pergunta: “Quem é Jesus?”
Antes de pensarmos na resposta, pensemos na pergunta. Por que Jesus a fez?
2. EM BUSCA DE RELACIONAMENTOS PROFUNDOS
Olhando detidamente a história, notamos que Jesus fez esta pergunta como parte de seu projeto de construir relacionamentos.
No meio de uma caminhada, ele dá uma parada e faz duas perguntas: a primeira é “o que andam dizendo por aí a meu respeito”; a segunda, depois de ouvir atentamente as respostas, é: “o que vocês pensam de mim?”.
Por que Jesus fez esta(s) pergunta(s)?
Ele e seus discípulos conviviam havia vários meses. Eles o ouviam com atenção. Eles seguiam suas recomendações. Eles participavam do seu ministério, celebrando até batismos por ele. Mais que um relacionamento por causa da missão, Jesus queria que seus seguidores tivessem com ele um relacionamento profundo, baseado em um sólido conhecimento mútuo. Não queria que pensassem que ele um messias que iria liderar Israel na libertação diante do poder romano. Não queria que pensassem que ele fosse um mágico, sempre com um milagre a tirar da cartola.
Precisamos saber quem é Jesus, para nos relacionarmos com ele de modo que produza vida, não aparência de vida.
Há pessoas se relacionando com o Jesus errado.
Há pessoas se relacionando com o Jesus que se ama enquanto se precisa dele. Quantas pessoas vêem a todos os cultos da igreja, até do meio da semana, e desaparecem depois que receberam de Jesus o que buscavam! Antes, tinham tempo para vir a igreja, mas agora que encontraram o emprego, que a saúde foi restabelecida, que os conflitos em casa cessaram, não têm mais tempo para vir à igreja. A estes ainda Jesus garante que não lhe enviará outro sinal (não lhe fará outro milagre), senão o do profeta Jonas, referido por Jesus pelo seu arrependimento. Jesus faz milagres; o diabo, também, como o demonstram aqueles que fazem acordos com ele. Quem busca a Jesus por causa de milagres não sabe quem é Jesus. Ele disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre” (João 6.51).
Há pessoas se relacionando com um Jesus morto, que não tem poder para mudar as coisas. Para muitos, Jesus é uma personagem da história, lembrada pelos crucifixos estampados nos peitos. Para estes, Jesus foi um herói que morreu injustamente. Para estes, Jesus foi um derrotado. Quem confina Jesus no passado não sabe quem é Jesus, a quem foi entregue todo o poder no céu e na terra, naquele tempo, no tempo de hoje e no tempo do futuro. Suas palavras são claras: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra” (Mateus 28.18).
Há pessoas se relacionando com Jesus como um mestre na arte da vida. Há um produto circulando por aí: você quer saber viver? Siga os ensinos de moralidade e de sabedoria deixados por Jesus. Você quer aprender a como liderar? Aprenda com Jesus, o maior administrador de empresas do mundo. Você quer se conhecer a si mesmo? Aprenda com Jesus, o maior psicólogo de todos os tempos. Quem se interessa por Jesus em função apenas dos seus ensinos não sabe quem é Jesus. Suas palavras são palavras de vida eterna. Ele mesmo disse: “Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4.13-14)
Há pessoas se relacionando com um Jesus que não faz perguntas, que nada exige dos seus seguidores. Há pessoas que se afastam de Jesus quando se sentem incomodadas com suas instruções e suas exigências. Segundo a Bíblia, um se afastou porque não quis vender tudo o que tinha porque seu dinheiro era mais importante do que Jesus; outro não se compromissou com Jesus porque sua posição social era mais importante do que a salvação eterna. Jesus sempre exige porque exigência é para quem ama; quem não ama deixa para lá.
Jesus não precisa se relacionar conosco, mas sabe que nós precisamos nos relacionar com ele, porque este relacionamento produz vida. Por isto, ele disse, referindo-se a si mesmo: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno. Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15.13-15). Essa amizade é para toda a vida, incluindo a eternidade.
2. NO NOSSO DEVIDO LUGAR
Esta pergunta, por conseguinte, não é importante para quem a faz, mas para quem a responde.
Jesus não quer saber a opinião da população e de seus discípulos a seu respeito porque esteja passando por uma crise de identidade. Jesus sabe que é o filho amado do Pai.
Jesus quer saber porque as pessoas o seguem. Ou melhor: Jesus quer que as pessoas saibam porque o seguem. É por isto que faz a pergunta confrontadora.
Jesus não pergunta por si mesmo. É uma pergunta para reflexão. Jesus não está com a sua auto-estima em baixa. O mesmo não se pode dizer de Pedro, até que Jesus o tirasse do ramo da pesca.
Tudo começou com a conversão, sim, a vida feliz começa com a conversão. O Novo Testamento não relata qualquer diálogo entre Jesus e os primeiros discípulos antes que se tornassem discípulos. Imagino que aqueles pescadores se interessarem por Jesus pelo que fazia e falava e, aos poucos, foram se aproximando. Num destes dias, Pedro procurou a Jesus, que olhou para ele e disse:
— Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas”, que traduzido é “Pedro” (João 1.42).
Em outras palavras, Jesus lhe deu o sobrenome de pedra: Cefas (ou Kefas), em aramaico; Petrus (Pedro), em grego.
A Pedro e a outros fez o convite arrebatador:
— Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens. (Mateus 4.19)
A partir daí Jesus foi solidificando a auto-estima de Pedro, que deixou de ser um pescador profissional para ser um discípulo de Jesus, embora, de vez em quando, voltasse ao mar para pescar. Numa destas vezes, Jesus lhe disse, no seu barco:
— Lancem as redes para a pesca.
Ainda preso ao medo, próprio de quem tem uma auto-estima baixa, Pedro respondeu:
— Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes.
A obediência gerou uma pesca maravilhosa.
Coerente com a visão que tinha de si mesmo, Pedro pediu:
— Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador! (Lucas 5.4-8)
O processo de crescimento pessoal passa por altos e baixos; no entanto, Jesus continuou o que começou a fazer com Pedro, para que se visse como Jesus o via. Neste processo, Pedro chegou ao ponto de caminhar sobre as águas para se encontrar o seu mestre. Quem confia em Jesus, como Pedro, confia em si mesmo, como Pedro.
Já morto Jesus e agora líder da comunidade cristã, o ex-pedro-de-auto-estima-baixa agora pode ser visto no que foi transformado. Logo após o revestimento espiritual que funda a igreja cristã, “Pedro levantou-se com os Onze e, em alta voz, dirigiu-se à multidão”, com ousadia:
— Homens da Judéia e todos os que vivem em Jerusalém, deixem-me explicar-lhes isto! Ouçam com atenção: estes homens não estão bêbados, como vocês supõem. Ainda são nove horas da manhã! (Atos 1.14-15)
O Pedro, que fora alguém de auto-estima baixa, agora é um homem com a auto-estima no seu devido lugar.
Sim, até hoje, o encontro com Jesus nos põe em nosso devido lugar.
Quando cada um de nos responde à pergunta essencial (“quem é Jesus?”) começa uma nova trajetória. O horizonte se amplia porque Jesus faz conosco a travessia da vida. A auto-imagem é corrigida porque Jesus olha para dentro de nós e nos leva a olhar para ele; neste processo só há crescimento. Os projetos são mais ousados porque não centrados apenas em pescar peixes (em tocar a vida profissional), mas centrados na missão (de se relacionar com pessoas, alcançar pessoas, abençoar pessoas).
3. A DIFÍCIL ARTE DA AUTENTICIDADE
Jesus sabe que nós somos os nossos temperamentos. Jesus também gostava da autenticidade de Pedro. Por isto, chamou-o para ser o primeiro pastor da igreja de Jerusalém. O que havia de bom em jeito afoito tornou-se um dom de liderança, que o Espírito Santo foi lapidando. Quando nos entregamos a Jesus, Seu Espírito molda nossas vidas, para que não sejamos dominados por nossos temperamentos.
Jesus sabe que nós somos os nossos desejos. Jesus também sabia que, no coração de Pedro, pulsavam desejos diversos, tanto o ilegítimo da fama, como o legítimo da relevância. Por isto, Jesus lhe pergunta, no encontro que tiveram na prorrogação de seus relacionamentos, se Pedro o amava. Que Pedro o amasse, era isto que importava. Se Pedro o amasse, pastorearia a sua igreja.
Jesus sabe que nós somos os nossos familiares. Jesus sabia que a família de Pedro era importante, embora pouco saibamos sobre ela, exceto os nomes de seu pai (Jonas ou João) e de seu irmão (André). Jesus sabia que a família de Pedro tinha expectativas para ele. Jesus sabia que Pedro tinha responsabilidades com sua família. Por isto, curou-lhe a sogra (Mateus 8.14-17). Jesus não pediu que Pedro abandonasse sua família, mas que cuidasse dela, mas seguisse a Jesus. Quem segue a Jesus cuida de sua família, mas não permite que ela o afaste de Jesus.
Jesus sabe que nós somos os nossos relacionamentos. Nossa identidade se dá no convívio. Não podemos subestimar a força do convívio.
Li uma crônica de uma colunista de futebol, que nos ajuda a entender um pouco da força da influencia. Escreve ela:
“Sábado de madrugada em São Paulo dá medo. (…) Seja no Capão Redondo [na periferia] ou na avenida Brasil [uma das áreas mais ricas da capital], homens jovens (ou nem tanto) circulam com uma pressa desgraçada em seus carros de vidro escuro, incautos e ameaçadores.
Aceleram agressivamente, apesar do sinal fechado logo adiante. Jogam o carro para um lado e para o outro em movimentos bruscos, impaciente demais para andar reto. No tão aguardado dia de lazer, padecem de um desespero insuportável. (…)
Eu teria pavor de entrar no carro, mas tem quem goste de sobressaltos ou tenha receio de dizer não por vários motivos, como o medo de terminar o fim de semana no 0 a 0.
E se no começo da noite o asfalto é perigoso, no fim é pior ainda, com álcool, energéticos, farinha e “doces” a prejudicar ainda mais o juízo.
O mais bizarro é que não é exatamente a busca ensandecida de prazer que move essa turma. A balada às vezes é sinônimo de tédio, e seria muito mais prazeroso voltar para casa e dormir. Mas a necessidade básica é aparecer, impressionar se for o caso; o tédio vira pose.
E dirigir feito doido, encher a cara e catar umas minas são requisitos indispensáveis para ser o tal. Uns fazendo tipo para os outros. Nesse mundo de códigos infelizes, nessa cultura de consumismo, irresponsabilidade, narcisismo e agressividade, nascem, crescem e aparecem os ídolos do futebol.
Aparentemente, são os modelos imitados pelos garotos, mas também eles estão imitando alguém. E volta e meia um astro se deixa filmar ou fotografar com mulheres e parece estar mais fazendo tipo do que se divertindo; volta e meia um arrebenta o carro de madrugada, como tantos anônimos exibidos. (…)
Mas mentir para si mesmo é uma das trapaças mais difíceis de desfazer”. (SONINHA. Sexo, drogas e automóveis. Folha de S. Paulo, 3.3.2008)
Depois que passou a seguir a Jesus, Pedro não segue mais a multidão. Por isto, foi chamado por Jesus para ser líder. Jesus sabe que somos formados por aqueles com quem convivemos. Por isto, pergunta: o que dizem os outros sobre mim? Nossa missão exige que conheçamos a quem vamos missionar. Precisamos conhecer as pessoas. O que dizem serve para o nosso ministério e serve para nós mesmos.
No caso de Pedro, ele foi inicialmente tirado do seu meio de pescadores, que pensavam em Jesus como uma personificação de João Batista, Elias ou Jeremias. Quando o seu relacionamento com Jesus se mostrou definitivo, ele intercambiou tempos na comunidade de Jesus, pregando, ensinando e curando, e tempos da comunidade antiga, pescando com seus amigos. O Evangelho não nos impede de nos relacionar, mas nos pede que nossos relacionamentos resultem em outras pessoas também transformadas por Jesus. Este é o teste: quem influencia quem nos seus relacionamentos: se você não consegue transformá-los, fuja deles: eles estão deformando você.
Aconteceu com Pedro. Cercado por homens armados, achou a força bruta das armas resolve e sacou de uma espada para ferir alguém que perseguia a Jesus. A mensagem de paz que ouviu durante quase três anos da boca de Jesus não foi capaz de deter seu desejo por sangue. Acossado por adversários e vendo o exemplo de seguidores de Jesus que foram saindo de fininho de cena, fez o mesmo, três vezes. Sua identidade não foi sólida a suficiente para afirmar o que era: um seguidor de Jesus. O Pedro que nega é o Pedro que segue a multidão. O Pedro que ama a Jesus é o Pedro que segue a voz do seu coração redimido pelo Espírito Santo de Deus.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO