LÉCIO DORNAS
Embora o nome “trio elétrico” só tenha começado a ser usado em 1951, todos concordam que a história do famoso carro de som remete a cerca de um ano antes, com Dodô e Osmar em cima de um Ford Bigode 1929 restaurado para esse fim, saindo pelas ruas do centro de Salvador, arrastando o povo.
Mas foi na década de 70 que Caetano Veloso ´eternizou´ o Trio com a canção “Atrás do trio elétrico”. Quase todo mundo conhece o refrão transcrito acima… porém arrisco afirmar também que quase todo mundo desconhece o último verso dessa cantiga:
O trio eletro-sol rompeu no meio-dia, no meio-dia.
Mesmo sem ter plena consciência, Caetano acertou em cheio… Mas na primeira linha:
Basta que nos lembremos das palavras de Paulo em sua carta aos Gálatas (6.14 ), onde expõe com clareza a realidade do nascido de novo, como sendo alguém que, de fato, já morreu… Para o mundo. Tendo morrido para o mundo, a pessoa convertida não sente mais prazer em muitas coisas que antes enchiam de significado sua vida; quem nasce de novo tem sua vida ressignificada. Veja o texto de Paulo:
Sendo assim, a gente não precisa ir atrás um trio elétrico, pois morremos. E porque revivemos em Cristo, com nossa vida tendo sido ressignificada, nossa alegria não se fundamenta mais em momentos de euforia ou de estravasamento. Temos em nós a verdadeira alegria!
Assim, como já morremos (para o mundo), não vamos atrás do Trio Elétrico. E como já renascemos (para Deus), seguimos a trilha do Reino de Deus, o qual “não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” ( Romanos 14.17 ).
E nós sabemos que o diabo não nasceu na Bahia… embora saibamos que ele tem crescido muito aqui, como em muitas partes do mundo. Mas também sabemos que os seus dias já estão contados (Apocalipse 20.1-6).
Desta forma, podemos fazer coro com as palavras de Paulo e declarar que para nós o viver é Cristo e o morrer é lucro ( Filipenses 1.21 ).