Jornalista se emociona com os aymaras do Chile

Recebemos da jornalista Nilcilene Figueira, que trabalha na Junta de Missões Mundiais (JMM), a seguinte correspondência, que reproduzimos, autorizados por ela.

“Olá, Pr. Israel
Tudo bem por aí?
Estou bem, filmando os vídeos da JMM para 2010. Estou em Iquique, no Chile.
Nossa jornada de trabalho tem sido longa. Chegamos sempre a noite, muito cansados, empoeirados, cheios de sacolas, como um nordestino chegando em Sao Paulo.
Essa madrugada chegamos na casa do missionario William Carrilho e o câmera Josias quase ficou dormindo no carro. Estava dormindo pesado.
Viajar pelo deserto é uma aventura. Os aymaras, objetivo de nossa filmagem, são muito dóceis e dessa forma temos superado o sono, o frio da noite, a poeira, a secura do deserto, a altitude… as aftas… até os dois tremores de terra que ja experimentamos.
Nada supera o carinho dos missionários pelos indígenas e a receptividade deles. O trabalho tem me encantado. Quem ainda não subiu as serras do norte do Chile está vendo a obra dos batistas brasileiros como um míope. De perto é muito melhor. Minha oração é captar pelas lentes da câmera e ver com os olhos de Deus a sede que esse povo tem do evangelho.
A maioria deles depende da terra pra sobreviver, e,  anteontem, num culto no meio da escuridão da serra, onde as estrelas cintilavam, pediram que eu orasse para Deus dar a eles uma boa colheita. Até marcamos a festa da colheira para setembro, como o povo de Deus fazia, trazendo as primícias para o Senhor. As irmãs disseram que gostam de oferecer cereais e outros frutos da terra como dízimo. Nesses vales cercados de serras peladas, a chuva é caso de vida ou morte.
Presenciamos conversões de jovens e muitos testemunhos de milagres. Um verdadeiro show da fe. Os  missionários sao muito queridos, simples e dedicados, como requer a obra.
Hoje estaremos gravando na cidade, onde muito aymaras vivem entre os chilenos. Depois visitaremos a comunidade onde atua um dos autóctones.
Chegaremos dia 7 de abril no Brasil e, no dia 11, seguiremos para o Haiti, República Dominicana, Equador e Colombia. Somente trocarei as roupas da mala, direi “bença, mãe”, e pegarei a estrada, retornando no dia 12 de maio”.

Nilcilene Figueira