NOTÍCIAS DE MIM MESMO (Israel), 2

NOTÍCIAS DE MIM MESMO (Israel), 2

Aleluia!
Acabo (meio dia e meia do dia 6 de maio) de chegar do médico (dr. João Luiz Schiavini) que me operou. Ele retirou os pontos (foi tranqüilo, porque a cicatrização foi magnífica) e a sonda (foi ainda mais tranqüilo).
Eu não acredito que esteja sem sonda…
Pela primeira vez, posso me assentar para escrever. Os textos que escrevi antes foram com extrema dificuldade. Agora, não.
A segunda etapa foi vencida.
A primeira foi a cirurgia, transcorrida tranqüilamente.
A segunda teve duas fases: a primeira no hospital e a segunda, em casa. No hospital, onde fiquei do dia 18 a 22 de abril, sofri um pouco.
Em casa, a recuperação foi acima das minhas expectativas. O único incômodo foi a sonda. Ela me limitava. Ela doía, às vezes. Era difícil encontrar uma posição confortável até mesmo para dormir. Só consegui ler alguns dias depois de ter voltado para casa.
Assim mesmo, não precisei tomar um remédio adicional qualquer para dor. Eu atribuo isto às orações que foram dirigidas a Deus por mim. Os cuidados da minha esposa, Rita, foram extraordinários neste processo todo.
Entro agora na terceira etapa, de controle. Os exames histopatológicos se revelaram bastante favoráveis. Não há indicação, neste momento, de radioterapia ou quimioterapia. Não estou tomando remédio algum.
Dentro de alguns dias, farei uma nova contagem do PSA. Depois, repetirei o exame a cada mês durante um tempo. Depois, eles serão semestrais. Este processo durará cinco anos. Evidentemente, terei que cuidar deste assunto pelo resto da minha vida. Mas, de resto, todo homem deve fazer o mesmo, mesmo que não tenha nada, apenas com prazos mais largos e menos temores.
Dentro de duas semanas, devo retomar, se Deus quiser, minhas atividades plenamente.
Quando esperava para ser atendido, recebi um telefonema em que um amigo-irmão dizia querer compartilhar comigo sua leitura bíblica da manhã, o texto de Esdras 6-8, que fala sobre a bondosa mão do Senhor. Enquanto escrevo, recebo um telefonema em que uma amiga-irmã, que nos telefonou todos os dias, afirma: “Graças a Deus. Eu sabia que a vitória era certa”.
Mais uma vez, sou grato a Deus, por sua bondosa mão para comigo.
Agradeço a Deus pelos tantos irmãos-amigos que, cada um do seu jeito, estiveram juntos comigo nesta jornada. Serei sempre grato a todos, embora não possa externar a todos, mesmo porque alguns sequer conheço.
Evidentemente, uma experiência desta impõe reflexões, que espero poder compartilhar uma a uma.
Aleluia!

ISRAEL BELO DE AZEVEDO