NÓS, PORÉM
2Timóteo 3.14-17
OBJETOS DE DESEJO
Três objetos de desejo nos empurram para as mais diferentes direções.
Abramos os jornais.
Aos 22 anos morre um travesti, que ficou famoso por uma confusão envolvendo um jogador de futebol muito conhecido. Morreu de Aids. Um jornal fez manchete anunciando o desespero dos homens que se relacionaram com ele. Homens e mulheres oferecem seus corpos, por dinheiro ou prazer. Homens e mulheres aceitam essas ofertas. Homens e mulheres, no entanto, recusam praticar o sexo fora do contexto do casamento, mesmo havendo amor nos relacionamentos.
Por que alguns oferecem e outros buscam sexo? Por que alguns não oferecem, mesmo que seus instintos peçam sexo? Por que alguns, diante da oferta, correm como José do Egito? Eu lhe pergunto: você está preparado para recusar uma oferta de sexo? Se você ceder, você mesmo dirá para você mesmo: o que eu fiz todo mundo faz. Dentro e fora das igrejas, há homens e mulheres que procuram viver de modo limpo. No entanto, dentro e fora das igrejas, há homens e mulheres cujas vidas são lama pura.
Um senador, já idoso, com décadas de política, em diferentes cargos na República, é denunciado por usar o cargo para favorecer parentes, pagar despesas pessoais e financiar suas organizações. Rua para ele — seria a conseqüência lógica da flagrância. Mas ele é poderoso. Muita gente, acima e ao lado dele, lhe deve favores. Sua defenestração é vista como ameaça à governabilidade. Tenta-se fazer uma cortina de silêncio, rasgada toda manhã pelas capas dos jornais. Suas respostas batem na mesma nota: nada era do seu conhecimento. Seus defensores, no entanto, acham que o que ele fez não é tão grave assim, porque foi tudo dentro da lei. O que ele fez todo mundo faz.
Eu lhe pergunto: você, que tem também sua área de poder; está preparado para se manter íntegro quando vierem oportunidades para tirar proveito indevido do seu poder? Eu lhe pergunto: você está preparado para não fazer, no seu microcosmo, aquilo que condena nos outros? Você jamais tratará um subordinado com desrespeito? Você jamais oferecerá uma “cervejinha” para quem lhe flagrou à margem da lei? Ao crescer no emprego, você garante que não ficará deslumbrado, colocando sua família e sua fé em segundo plano? Dentro e fora das igrejas, há homens e mulheres que entendem que suas vidas têm uma missão: servir. Dentro e fora das igrejas, há homens e mulheres que correm atrás do vento da vaidade.
Um homem ganha numa loteria uma fortuna. Dias depois, leva tiros num bar e morre. Anos depois, são condenados os primeiros culpados. Falta julgar o que os organismos judiciários dizem ser a mandante do crime: a esposa do morto. Segundo a acusação, para ficar com todo o dinheiro, decidiu livrar-se do marido e contratou pistoleiros para a execução. Todos, comprovada a denúncia, agiram para receber dinheiro. O tráfico de drogas existe por causa do dinheiro. A corrupção, nas esferas altas e baixas, existe por causa do dinheiro. No entanto, a maioria das pessoas acorda cedo para ganhar o seu dinheiro honestamente. Outros abrem mão de seus ganhos para beneficiar projetos e pessoas pobres. Outros mensalmente entregam dez, onze ou mais por cento do ganham para a sua igreja administrar, por entenderem que devem devolve-lo a Deus, que lhes deu os cem por cento. Por que? Dentro e fora das igrejas, uns controlam o dinheiro e outros são dominados pelo dinheiro.
Entre as matérias chocantes do mês (julho de 2009), uma diz respeito a duas moças, que vivem maritalmente, usaram os recursos da tecnologia médica para gerar um filho, que querem registrar, quando nascer, com os nomes delas como pai e mãe. A reportagem conta a história e recolhe apoio. Publicamente todos apóiam, porque todos querem ser politicamente corretos, porque, afinal, ninguém tem a ver com a vida do outro. Este é o valor supremo.
A CONTRAMÃO
Então, lemos o Novo Testamento e nos deparamos com um estranho conselho:
“Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu.
Porque desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra”. (2Timóteo 3.14-17)
O apóstolo se dirige primariamente a um jovem, mentoreado por ele e que enfrentava as propostas dos seus amigos e as sugestões ideológicas e teológicas dos formadores de opinião de seu tempo.
Quando zapeamos as páginas da segunda carta a Timóteo, notamos que o rapaz estava sob pressão e Paulo temia que pudesse desanimar. Desanimar é, diante das pressões, desistir ou deixar a vida rolar num tremendo “tanto faz”. È por isto que o apóstolo lhe grita ao ouvido, para desperta-lo: “Torno a lembrar-lhe que mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele” (2Timóteo 1.6-8a).
(Quando leio “não se envergonhe de mim”, imagino que os amigos de Timóteo deviam criticar-lhe por o seu mentor ser um prisioneiro. Então, eu me lembro daqueles cristãos que só eles sabem que são cristãos, ninguém mais no seu trabalho, ninguém mais na sua escola, ninguém mais nos seus círculos de relacionamento. Há muitos cristãos envergonhados. Recentemente eu fiz um negócio. Tive que me identificar: eu poderia colocar “professor” ou “jornalista” ou “escritor”, mas eu coloquei “pastor”. Depois, pensei: o que vão pensar de mim? Mas eu pensei: meus recursos são de fonte pura, honestamente ganha, transparentemente declarada. Eu sou um pastor e tenho que responder pelos meus atos e não os dos outros. Quando acabamos a transação, eu pedi para orar e eu orei e foi muito bom.
Como muitos cristãos de hoje, Timóteo não teve uma experiência dramática de conversão. Ele foi se tornando cristão aos poucos, graças aos ensinos de sua mãe e de sua avó, complementados pelo seu mentor, Paulo. Pessoas assim são muito suscetíveis a influências negativas, que questionam os seus próprios fundamentos.
Ouvindo seus amigos, eles lhe diziam que o Evangelho não vale a pena. É coisa velha, com cheiro de comida estragada. Abra o seus olhos para a vida e não fique presos a estas tradições.
Além disso, ser cristão significava estar na contramão. O império não era cristão. O imperador não era cristão. Os professores não eram cristãos. Os artistas não eram cristãos. Os atletas não eram cristãos. Os generais não eram cristãos. Os senadores não eram cristãos. Era perigoso ser cristão. Seu próprio mentor estava na cadeia.
Uma pessoa que pensa não segue o cristianismo, uma religião muito estreita, com uma filosofia muito particular e fechada. Diante de tantos deuses, por que seguir só um? Diante de tantos heróis, porque cultuar um perdedor, que morreu na cruz? Diante de tantas possibilidades, por que ser cristão, com costumes tão rígidos sobre o corpo, o poder e o dinheiro?
Então, Paulo responde: garoto, não vá na onda. As suas convicções são as suas convicções. Você as aprendeu e as tornou suas. Você sabe que aprendeu o que aprendeu pelas mãos de pessoas sábias. Você sabe que só há uma maneira de se ser sábio: é lendo e levando a sério a Bíblia. Você sabe que a Bíblia é inspirada por Deus; logo, não é um livro qualquer, que faz sucesso hoje e amanhã vira um patrimônio para ser guardado, mas não para ser seguido ou vivido. Você sabe que a Bíblia abarca todas as áreas de vida e que, quando a lemos e seguimos, somos pessoas felizes.
O Evangelho, meu filho, vale a pena, para nós e para os outros. Não ligue para as pressões. Não queira imitar o estilo de vida dos seus contemporâneos. Não há vida nesse estilo, por mais que pareça.
PALAVRAS DE ORDEM
Dou um salto para os nossos dias e vejo que as pressões são as mesmas. Parecem diferentes, mas são as mesmas em suas essências, embora as aparências mudem. Ainda ouvimos que o Evangelho é estreito e limitado. Ainda somos bombardeados com a idéia de que devemos dar vazão aos desejos malignos da juventude (2Timóteo 2.22).
Que desejos são estes? Nos dias que correm, mas talvez sejam atemporais, vejo três palavras de ordem sendo empurradas desde muito cedo às pessoas como ideais, assim como a juventude é um ideal, apresentada como o tempo áureo da vida, o que faz com que todos precisem ser (ou, se não puderem, parecer) jovens.
São três palavras: imponha-se, divirta-se, enriqueça.
IMPONHA-SE. Num mundo de anônimos, destaque-se e faça prevalecer seus desejos e interesses. O resultado é que “sofremos de um mal na atualidade: a incivilidade. A toda hora, somos obrigados a testemunhar cenas de grosseria entre as pessoas, de falta de respeito pelo espaço que usamos e de absoluta carência de cortesia nas relações interpessoais. Parece mesmo que nossa vida segue um lema: cada um por si e, ao mesmo tempo, contra todos. Perdemos totalmente a sensibilidade pelo direito do outro: cada um de nós procura, desesperadamente, seus direitos, sua felicidade, seu poder de consumo, seu prazer, sem reconhecer o outro. O pacto social parece ter sido rompido e não tomamos nenhuma medida para reverter esse processo”. (Rosely Sayão) Este é o padrão. Deve ser também o padrão de um cristão? Não, o jeito de viver de um cristão tem que ser outro:
“Evite as controvérsias tolas e inúteis, pois você sabe que acabam em brigas.
Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do Diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade” (2 Timóteo 2.23-26).
O cristão vive na contramão. E para viver na contramão, o cristão precisa de uma atitude e de uma prática. A atitude é a coragem, sabendo que “Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio” (2 Timóteo 1.7). Quanto à prática, vou lembra-la daqui a pouco.
E eu me pergunto se, em nossas igrejas, não temos nos acovardado, por medo (o que vão pensar de nós) e por conveniência (alimentada pelo prazer de pecar)?
DIVIRTA-SE. Ganharam manchetes no mundo todo algumas declarações do guitarrista Noel Gallagher, líder do grupo britânico Oasis, que me fizeram lembrar uma afirmativa da cantora Lisa Minelli, de que, no mundo dos espetáculos, até quem não usa droga diz que usa, para não ficar de fora do sistema.
Numa entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”, Gallagher confessa: “Olho para Chris Martin [vocalista da banda Coldplay] que diz que nunca consumiu drogas em sua vida e penso que ele é um idiota. Drogar-se é o melhor de estar em uma banda de rock. Até 1998, devo ter gastado pelo menos 1 milhão de libras esterlinas”.
Em outro trecho, fica bem evidente a ideologia do “divirta-se”: “Nós subimos ao palco e tocamos. Estive em muitos shows em estádios: todos falam de política e nenhum toca. E as pessoas estão ali pela música. Em um espetáculo do U2 ou do Coldplay, sempre há uma mensagem sobre os pobres ou sobre as pessoas que morrem de fome”. Está bem, mas não podemos só ter uma noite agradável? Devemos nos sentir à força culpados?” (Reportagem da agência EFE) Nossa sociedade pensa a diversão como uma coisa do corpo, seja no campo da música, sejam no território da sexualidade, que não pode ser reprimida, mas extravasada. O que a sociedade faz é sacralizar a nossa natureza. Naturalmente, “somos mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus” (2Timóteo 3.4). Naturalmente, nós nos deixamos “levar por toda espécie de desejos” (2Timóteo 3.6). Naturalmente, a nossa mente é depravada (2Timóteo 3.8).
Os meios de comunicação têm suas colunas de aconselhamento sexual. A ideologia é a mesma. Sexo não tem a ver com amor, mas com desejo. Realize o seu desejo. Sexo não tem a ver com casamento. Tem a ver com desejo. Realize-o. É como se não houvesse vida fora do exercício da sexualidade, não importa com quem.
Quando a banda Jonas Brothers veio ao Brasil, foi bem divulgada a promoção que o grupo faz da defesa do sexo como próprio só no contexto do casamento. A divulgação, no entanto, tinha um tom descarado de deboche por parte dos meios de comunicação. Por isto, para uma visão menos editorializado, é preciso ir ao site da banda. Lá há uma pergunta, a mais discutida, que é a seguinte, dirigida a um dos componentes: “Joe, por que você usa um anel no seu dedo direito da mão esquerda?”. A resposta do artista foi: “É o anel da pureza. É uma promessa a mim mesmo e a Deus que permanecerei puro até o casamento”. (Cf. debate registrado no site da banda)
Seguir na contramão é contra a natureza e contra a cultura.
E eu me pergunto se, em nossas igrejas, quantos são os que desejam permanecer firmes, com os compromissos que firmaram com Deus, em várias áreas de sua vida?
ENRIQUEÇA — Chegamos a um ponto do capitalismo, que as pessoas estão ficando doentes. O capital só visa o capital. Para ele, não há direitos humanos; só lucro. Ele impõe sobre os trabalhadores metas que estressam as pessoas, tornam insuportáveis os ambientes de trabalho. O capitalismo é tão ambicioso que não percebe o quanto é destrutivo. A pressão por resultados tendinites e transtornos emocionais que prendem pessoas em casas e em hospitais.
Isto no plano do trabalho, porque no plano do consumo, necessidades são criadas para que os produtos sejam comprados. O capitalismo vende a ideologia que consumir é ser. E nós acabamos acreditando. Não nos basta um cartão de crédito. Não nos basta uma conta bancária. Não nos basta uma vida moderada e controlada. Podemos mais, até mais do que podemos. Quando o presidente Barack Obama disse (julho de 2009) que nunca mais os norte-americanos vão voltar a ter o padrão de consumo que tiveram não lhe faltaram críticas por tirar os sonhos das pessoas.
O dinheiro é idolatrado. Quem tem pouco precisa ter mais. Quem tem muito precisa ter ainda mais. A pressão por resultados alcança todas as faixas etárias, até mesmo de adolescentes que são pressionados a vitórias que a alguns debilitam e adoecem em lugar de os fazer vencedores, como se houvesse um padrão que todos devessem seguir, ignorando-se que cada um de nós é uma pessoa única.
Há, portanto, uma outra vida possível, longe do altar do dinheiro, necessário como um meio, não como um fim. Ter ou não ter dinheiro não define o que uma pessoa é. Eu me pergunto se, em nossas igrejas, tratamos o dinheiro como a Bíblia manda que tratemos:
“Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos” (1Timóteo 6.9-10)
E NÓS?
Volto, então, a três perguntas:
Tratamos o dinheiro como a Bíblia manda que tratemos?
Quantos temos desejado permanecer firmes nos compromissos que firmamos com Deus no campo da santidade do nosso corpo?
Quantos temos sido corajosos, na afirmação do que cremos e na vivência do afirmamos, mesmo que na contramão, contra tudo e contra todos?
Faço essas perguntas porque meus olhos lacrimejam quando contemplam as vidas de algumas pessoas e meus ouvidos sangram quando ouvem relatos de atitudes contumazes de alguns que têm pervertido a fé (2Timóteo 2.18), a deles e as dos outros.
Antes de prosseguir, pergunto-me a mim mesmo, se não estou sendo moralista, transformando a graça num elenco de preceitos morais. Se eu fizesse isto, estaria traindo Jesus, confundindo o mentor de Timóteo. O Evangelho é muito mais que moral, mas o Evangelho é altamente moral, porque a moral é o campo de provas da graça. Nós somos fortificados na graça (2Timóteo 2.1), pela qual somos salvos, “não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos” (2Timóteo 1.9).
Não sou salvo por obras (ações cheias de bondade), mas se as obras não acompanham a minha salvação, estou me enganando a mim mesmo. Minha fé tem que penetrar cada área da minha vida. Minha sexualidade tem que ser vivida á luz da minha salvação. Minha profissão (onde ganho dinheiro) deve ser desenvolvida à luz da minha salvação. O modo como me apresento como homem ou mulher de fé tem que guardar relação com a minha salvação.
A questão final é: como vivemos deste modo, na contramão?
Disse anteriormente que, para na contramão, o cristão precisa de uma atitude e de uma prática. A atitude é a coragem, sobretudo a coragem de desejar e buscar intensamente ter a mente de Cristo.
E como se tem a mente de Cristo. Então, vem a dimensão prática.
Para ter a mente de Cristo, nós precisamos ler a Bíblia, sobretudo o Novo Testamento.
Quando lemos o Novo Testamento, moldamos a nossa vida pelo Livro, em lugar de querer moldar as suas palavras àquilo que achamos ser o certo e melhor.
Quando lemos o Novo Testamento, ouvimos o mundo, por seus meios de comunicação e por nossos amigos, mas elegemos com a voz que vamos atender a voz do Espírito Santo que ecoa pelas páginas bíblicas.
Quando lemos o Novo Testamento, não suspendemos os nossos desejos, mas conferimos se são legítimos e realmente para o nosso bem.
Quando lemos o Novo Testamento, vamos nos deixamos modelar pela graça, de modo a lançar para longe aquele anelo de uma religião que faça troca com Deus.
Quando lemos o Novo Testamento, não abrimos mão de nossa capacidade de pensar e escolher, mas elegemos um conjunto objetivo de ensinos que podemos ler, reler, interpretar e reinterpretar com a ajuda do Espírito Santo para que, entendendo-o, possamos praticar o que nos propõe.
Quando lemos o Novo Testamento, somos fortalecidos para enfrentar as pressões para um comportamento longe dos padrões de Deus, mesmo que venham de meus próprios irmãos de fé.
Quando lemos o Novo Testamento, deixamos de ser crentes mornos, aqueles que Jesus Cristo vomita.
AQUECIDOS PELA PALAVRA
Vou terminar com um convite vindo desta advertência de Jesus numa das cartas do Apocalipse:
“Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca” (Apocalipse 3.15-16).
Peço um momento de coragem. Olhe para a sua vida. Você está frio, desanimado, pouco interessado em ser aquecido pelo Espírito Santo, com pouco interesse pela leitura da Bíblia, com pouca prática de oração?
Eu lhe convido a um ato de coragem e ore assim: “Senhor, ando frio e quero que o Senhor me aqueça. Quero ver a vida pelas lentes da tua Palavra! Eu me comprometo a ser um leitor do Novo Testamento, porque sei “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. (2Timóteo 3.14-17).
Olhe para a sua vida. Você está morno, ate lendo o Novo Testamento mas vivendo a sua vida, não a do Espírito Santo que habita em você? Você parece um cristão, mas seus atos demonstram que você não é um cristão?
Eu lhe convido a um ato de coragem e ore assim: “Senhor, sou um cristão morno que o Senhor já devia ter vomitado. No entanto, circulo entre meus irmãos e até os influencio no caminho em que não devem andar, mas no qual tenho andado. Quero ser aquecido pela tua Palavra, que eu sei é suficiente para me tornar feliz. Ajuda-me, Senhor!”
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
REPRODUÇÃO — Autorizamos a reprodução deste conteúdo com a condição que seja citada a fonte nos seguintes termos: Reproduzido do site PRAZER DA PALAVRA, de Israel Belo de Azevedo, que pode ser ser acessado em www.prazerdapalavra.com.br.