A tentação de Jesus

A TENTAÇÃO DE JESUS
Mateus 4.1-11; Lucas 4.1-14

Jesus foi tentado. Como Ele, nós também podemos ser tentados.
Nosso Senhor foi prov(oc)ado em três áreas. Quando insinuou que Jesus transformasse pedras em pães, para deles se alimentar, faminto que estava, o Diabo queria derrubar o Filho de Deus em algo que atinge todo ser humano: as necessidades materiais. Nos dias de hoje, esta tentação se atualiza no desejo de ganhar dinheiro fácil, seja por meio do jogo ou por meio da corrupção. Quanto maior a nossa necessidade, mais forte será a sedução.
Jesus resistiu, ensinando-nos que o sentido de nossas vidas não provém da satisfação de nossas necessidades, mas do sólido alimento da Palavra de Deus. Nossas vidas têm sentido quando este sentido é dado por Deus. Quanto mais vivermos esta realidade, mais dificilmente cairemos nas ciladas do nosso Adversário.

Como nosso Senhor, somos tentados também em nossas necessidades espirituais. Naquele momento, Jesus sentia a fragilidade dos seres humanos quando a sua religião não o ajuda em nada. Depois de batizado, Ele agora se encontrava sozinho. Pouco antes, o Pai falara do Seu prazer em tê-lO como Filho. Agora, Jesus estava sozinho.
Então, o Diabo tenta se aproveitar e lhe oferece a oportunidade de ser um gigante da fé, atirando-se do alto da pedra, como se fosse um super-homem. Jesus não precisava se sentir fraco; afinal, era o filho de Deus; não precisava se submeter às regras da vida; não precisava respeitar a lei da gravidade.
A tentação consistiu propriamente no seguinte: se fizesse o que o Diabo pediu, não só se submeteria a ele, como se colocaria no lugar do Pai. O Diabo queria quebrar a harmonia existente na Trindade e levar Jesus a usurpar um papel que pertencia ao Pai.
Esta tentação continua levando cristãos ao fracasso. Há muitos cristãos querendo dar ordens aos anjos de Deus, quando todos devemos ouvir as determinações do Pai.

Jesus foi tentato, e nós o somos também, em suas necessidades emocionais. Em sua última cartada, o Diabo tentou tocar Jesus naquela área mais pessoal.
Todos queremos ser reconhecidos em nossos valores. Todos queremos nos sentir gente. Devemos nos comportar de modo a recebermos naturalmente este reconhecimento e sermos aceitos em nossos grupos.
A tentação é queremos ser mais do que somos, indo além da ética e da conveniência, para “vender” uma boa imagem de nós mesmos ou para nos sentimos o máximo.
Jesus dá a resposta que deve ser a nossa: a vida consiste em adorar a Deus e não em ser adorado.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO