Mateus 5.17-32 — UMA PALAVRA DE CONFORTO

COMENTÁRIO BÍBLICO DEVOCIONAL
Por ALMIR DOS SANTOS GONÇALVES JR

Mateus 5.17-32 — UMA PALAVRA DE CONFORTO

A partir deste momento que se inicia na leitura do versículo 17, o Senhor
Jesus passa a fazer de seu Sermão no Monte uma peça de confronto com
aquilo que os escribas e fariseus ensinavam e exigiam do povo. Até o final
deste capítulo, serão quatro alocuções bem explícitas sobre aquilo que eles
ensinavam e aquilo que ele, Jesus, viera trazer ao mundo.

Começa fazendo uma interposição sobre ele e a Lei. Para alguns libertários
da época, o Messias iria instituir um novo programa de vida, desconsiderando
inteiramente tudo aquilo que fizera a história do passado de seu povo. Cristo,
embora soubesse que não seria aceito como o Messias pela maioria do povo,
sabia também que seu surgimento seria um ótimo pretexto para que tais vertentes
do pensamento hebreu se radicalizassem. Para esses, então, ele precisava
afirmar:

“Não penseis que vim destruir a lei ou os
profetas; não vim destruir, mas cumprir”.
Mt 5.17

Como uma parte da elite religiosa se justificava como santa, simplesmente
porque não cometia os grandes delitos previstos na lei, como, por exemplo, o
homicídio, o Senhor Jesus precisava ensinar-lhes que, mesmo por muito menos:

“… todo aquele que se encolerizar
contra seu irmão será réu de juízo”.
Mt 5.22

No aspecto da vida conjugal também, aquela elite procurava se preservar
do adultério cometido de maneira aberta, embora maquinasse em seu coração
atos e procedimentos torpes, razão pela qual o Senhor precisava falar-lhes:

“Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para
uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu
adultério com ela”.
Mt 5..28

Os conselhos valem para nós também. Que vivamos em consonância
com a Lei de Deus, sabendo que o seu Filho, cumprindo-a, nos aponta o
caminho da verdadeira santidade no viver.

Senhor,
torna o meu viver cada vez
mais puro e santo de forma
a honrar a cada dia
a santidade que me impuseste.