CRIANÇAS, MA(I)S FELIZES

CRIANÇAS, MA(I)S FELIZES

Para que nossas crianças sejam felizes, agora e amanhã, não são poucos os cuidados que devemos os pais ter. Eis um deles.
Devemos cuidar para não acelerar a infância, como se quiséssemos que ela passasse logo.
Há situações que fogem à nossa vontade, quando, por necessidade de sobrevivência da família, pomos nossos filhos para trabalhar; neste caso, não há porque sermos censurados. Cabe ao Estados e às organizações sociais (igrejas, inclusive) prover condições para que os pais não façamos isto.
O maior problema é quando, aqueles que podemos, passamos a exigir tanto deles, que se tornam estudantes em tempo integral. Alguns queremos que estejam sempre ocupados e preparados para o futuro em termos profissionais. O cuidado é necessário, mas exige cautela.
A virtude, mais uma vez, está no meio. Criança que apenas brinca não se desenvolve adequadamente. Criança que apenas estuda também não se desenvolve integralmente.
Esta aceleração da precocidade acontece também quando não atentamos para sua inserção no meio social, aceitando todos os comportamentos, próprios da idade adulta, como naturais na infantil.
Quem vende produtos e serviços quer que as crianças “decidam” e consumam. A antecipação da sensualidade, por exemplo, está ligada à necessidade de ampliação do mercado de consumidores. Como pais, devemos ser o filtro para que nossas crianças não sejam desviadas do caminho que devem andar. Felicidade não tem nada a ver com consumo. Felicidade não se mede.
Quando tempo dura a infância? Os pais sabemos que pouco, muito pouco. Cuidemos para que não tenhamos, ANTES DA HORA E POR NOSSAS AÇÕES, saudades do tempo quando nossos filhos eram crianças.
Vamos deixar nossas crianças serem crianças?

ISRAEL BELO DE AZEVEDO

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