INTRODUÇÃO À CARTA DE FILEMON
Por
DANIEL BRAVO DUARTE
Esta é uma das epístolas da prisão, escrita por Paulo durante o seu encarceramento em roma. Ela fala de Onésimo, um dos escravos de Filemon, que, na fuga, conheceu o apóstolo paulo e se converteu a Cristo. Agora Paulo intercede para que Filemon aceite novamente seu escravo sem aplicar-lhe a pena devida.
ESTRUTURA
1. Paulo se alegra com a fé e o ministério de Filemon (1.1-7)
2. Paulo intercede por Onésimo (1.8-24)
SÍNTESE TEOLÓGICA
Essa carta traz um tom muito íntimo, o que nos revela que ela não tem o propósito de ser um documento de grandes elucidações teológicas, e sim apenas uma carta entre amigos. No entanto, é interessante observarmos que, pelo seu caráter pessoal, ela está livre de um discurso erudito e fala, pois, com uma beleza singular sobre duas importantes marcas do discípulo de Jesus:
1. A Igreja só pode ministrar ânimo aos corações por meio do amor. Belas palavras e grandes discursos não têm poder se não forem temperados com o amor de Cristo e se não almejarem comunicar da fé que reconhece o Senhor Jesus como o bem maior (1.5-7)
2. O amor que Cristo aplica em nós, que é a sua vida, deve transformar os nossos relacionamentos. seja no trabalho ou em casa. cada vez que temos contato com alguém, esse amor deve ser a nossa bandeira (1.16)
TEXTO DIFÍCIL
Paulo sacraliza a escravidão?
Uma boa resposta está em: Filemon: uma vida além das metáforas.
PARA LER DEVAGAR
Em cada livro, podemos encontrar trechos que nos convidam a fazermos uma leitura mais serena.
Na carta a Filemon, precisamos passar pelos seus versículos com calma e assim apreendermos o sentido de uma amizade firmada na rocha.
VIVENDO OS ENSINOS
COMPARTILHANDO A FÉ – O toque de amizade presente na carta que Paulo escreve a Filemon me emociona. Fico impactado ao ver o relato de uma comunidade que aprendeu a guardar a essência do evangelho: Os relacionamentos. É isso o que eu vejo nos versículos 5 e 6, quando o apóstolo diz se alegrar porque apenas no compartilhar da fé, os corações daquela comunidade tem sido ministrados e confortados. Que grande ensino este para nós, igreja do século 21, que precisa resgatar a simplicidade da oração coletiva, da confissão de pecados, do abraço na hora da tristeza, de um simples e puro compartilhar da fé em Jesus Cristo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARSHALL, I. Howard. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2007.
STERN, David H. Comentário judaico do Novo Testamento. Belo Horizonte: Atos, 2008.
SHEDD, Russel P. e MULHOLLAND, Dewey M. Epístolas da prisão. São Paulo: Vida Nova, 2005.
