Palavra de Esperança: CULTIVE A SUA SAUDADE

 

Gosto de contar a seguinte história: quando morreu o artista plástico Di Cavalcanti (1897-1976), um dos maiores pintores do século 20, seu funeral foi filmado por Glauber Rocha (1939-1981), um dos grandes cineastas daqueles tempos. O gesto do diretor baiano provou um certo mal-estar, merecendo dele a justificativa que era protestante e não tinha medo da morte.

De fato, há diferenças nos funerais que decorrem das crenças das pessoas presentes. A diferença mais radical está ligada à esperança. No caso cristão, a saudade deve ser cultivada, porque a ausência continuará ausência, mesmo para quem tem fé na ressurreição; a lágrima deve ser vertida, porque a dor continua sendo dor, apesar do consolo do Espírito Santo de Deus. Nos cultos fúnebres, estas verdades são sempre lembradas e até mesmo cantadas.