A PERGUNTA DA MENINA

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“Se Deus morreu e ressuscitou por que  é que a gente morre e fica morto?” – perguntou a pequena Luísa.
Ela só tem quatro anos de idade e está na fase dos “por quês?” Perguntas semelhantes, quando efetuadas de chofre e nos momentos em que estamos desprevenidos, costumam nos deixar sem respostas.
Passada a surpresa do momento, são muitas as respostas que poderíamos dar: “Deus é poderoso. É eterno. Deus nos amou e deu o seu Filho Unigênito, Jesus Cristo, para ser sacrificado e, assim, pagar o castigo em nosso lugar e expiar. Expiasse as nossas culpas. Para que pudéssemos nos redimir dos pecados cometidos a partir do sacrifício de Jesus”.
A menina entenderia qualquer dessas respostas? Há adultos que não só não entendem como não acreditam e ainda zombam dessa realidade.
Às crianças de hoje, acostumadas desde a mais tenra infância com as tremendas facilidades da vida moderna, devem parecer estranhas as respostas que lhes possamos dar a perguntas daquele tipo. Habituadas com as histórias de guerras interplanetárias nas televisões e com a maravilha tecnológica que é o computador e sua imensa gama de recursos, elas manejam com incrível facilidade os moderníssimos aparelhos de celular, com os quais filmam, fotografam, enviam e recebem mensagens, assistem novelas, filmes e até conversam.
Muitas ainda longe estão do acesso a esses recursos. Também, mercê dos cuidados pré-natais que recebem e da alimentação sadia ao longo dos primeiros anos de suas vidas, têm um desenvolvimento mental superior ao que apresentavam as crianças nascidas alguns anos atrás.
Como os progenitores e os genitores devem enfrentar tais problemas? Como os pastores e os professores da EBD devem enfrentar tal realidade? Nossos seminários preparam os futuros pastores para essa tarefa?
Algumas igrejas possuem aparelhagem de som e de gravação. Outras estão aptas a transmitirem os cultos pela rede internacional. Muitas longe estão dessas condições, mas todas elas, sem exceção, têm crianças tão ou mais curiosas do que a Luísa. Precisamos botar nossos bestuntos para funcionarem e encontrarmos uma saída. O inimigo é sagaz. Usa de todos os recursos para nos derrubar. Peçamos orientação do alto para podermos empatar e virar o jogo. Afinal, o Deus que adoramos e ensinamos os nossos petizes a adorarem da mesma forma é o Senhor Deus forte e poderoso, é o criador dos céus e da terra, é o Senhor dos Exércitos.
Ele fará a parte que Lhe compete fazer e não fará a nossa. Essa nós precisamos realizar, embora Ele possa fazê-lo sem a nossa colaboração e a despeito dela.

RUI XAVIER ASSUNÇÃO