Amargurada, a mulher procurou a pastor para contar-lhe como seu marido a espancava. Narrou as peripécias, as discussões de como tudo acabava em pancadaria. E, claro, sendo o mais forte, ele levava sempre vantagem.
O pastor, sabendo-a crente e querendo induzi-la ao comportamento cristão de perdão e da boa disposição para evitar a discussão e a briga, perguntou -lhe se ela já experimentara “amontoar brasas vivas sobre a cabeça” do marido (Rom. 12:20). E ela, um tanto amarga:
― Brasa ainda não experimentei… mas água fervendo já joguei duas vezes e não e não adiantou nada…
(Extraído de VASSÃO, Amantino Adorno. Esteiras de Luz. Rio de Janeiro: Juerp, 1971.)