Quando Madame Curie alcançou a tremenda vitória científica oferecendo ao mundo a bênção dos Raios-X, alguém sugeriu que ela tirasse patente do seu descobrimento, pois poderia assim, compensar-se dos trabalhos que tivera e ganhar dinheiro.
Recusou-se a fazê-lo.
Queria que os Raios-X fossem usados por todos sem qualquer objetivo de lucro.
O mesmo ocorreu com o grande cientista brasileiro Vital Brazil quando seu Instituto lançou um medicamento à base do curare, elemento precioso nos casos de intervenção cirúrgica. Um amigo perguntou se ele ia tirar patente. Deu ele uma gargalhada e exclamou:
― Patente pra quê? Quem quiser que use para o benefício do povo…
(Extraído de VASSÃO, Amantino Adorno. Esteiras de Luz. Rio de Janeiro: Juerp, 1971.)