Mateus 13.24-35 — AS PARÁBOLAS DO REINO (Almir Gonçalves Jr)

COMENTÁRIO BÍBLICO DEVOCIONAL
Por ALMIR DOS SANTOS GONÇALVES JR

Mateus 13.24-35 — AS PARÁBOLAS DO REINO

Depois da parábola do semeador, com a qual iniciou o seu sermão à beiramar,
Jesus vai continuar pregando através deste recurso didático muito usual
nos tempos antigos, as parábolas. Desta feita, no texto de nossa leitura, trazendonos
três delas a respeito do reino que viera instituir na terra, o reino de Deus,
como os demais evangelistas o citam, ou o reino dos céus, como Mateus
quase sempre o denomina (lembremo-nos de que Mateus escreveu o seu
Evangelho para os judeus, e estes tinham muito cuidado em citar ou escrever
o nome do Senhor). Fique claro, entretanto, que um ou outro título, nos escritos
de Mateus, Marcos, Lucas ou João, querem dizer sempre a mesma coisa.

As três parábolas do texto de hoje aludem ao reino dos céus como uma
forma de vida possível ao homem crente, que vive sua vida terrena sob a
bênção e unção da presença do Deus vivo. Na parábola chamada “do joio e do
trigo”, ou na intitulada “do grão de mostarda”, ou ainda na designada como a
“do fermento”, o que se ressalta para nós é que este reino, o reino de Deus,
pode ser construído em nosso redor, ainda que com as limitações terrenas que
nos cercam, por nossa ação e nosso cuidado em obediência e temor ao Espírito
de Deus que sobre nós está.

“Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante
ao homem que semeou a boa semente… a um grão de mostarda…
ao fermento…”
Mt 13.24,31,33

Sim, a mensagem que o Senhor nos transmite é de suma importância para
nós. Vejam que nos três casos ele nos coloca, crentes que somos, como agentes
deste reino. O homem que semeia, duas vezes, e a mulher que cozinha, todos
nós, com nossos acertos e desacertos humanos, podemos ser instrumentos da
construção deste reino em nosso lar, no trabalho, na vizinhança e na igreja de
Cristo. Tal como os discípulos do passado, nós somos direcionados a envolvernos
na construção deste reino, o reino de Deus, onde, a par de nossas fraquezas,
podemos desenvolver os nossos talentos e virtudes, colocando-nos junto aos
amigos, parentes e irmãos, como instrumentos do amor, da compreensão e da
solidariedade que só o Senhor Jesus pode inspirar em nossos corações.

Senhor,
torna-me um instrumento
do teu reino. Que por minha ação
o dia de hoje se torne melhor
para alguém.