Pesquisas indicam que a melhor forma de se fazer conexão com uma pessoa é dizer que vai orar por ela. Esta é uma promessa poderosa. Até mesmo ateus aceitam estas ofertas amigas. Recentemente um deles me pediu para que orasse pela cirurgia que iria fazer. Possivelmente você já recebeu pedido similar. Em outras palavras: até os ateus consideram a oração como algo sério.
Talvez por isto, pessoas e igrejas renovam promessas de orações pelos outros, algumas com boas intenções e outras… Deus as julgue e condene.
Programas cristãos de rádio e televisão têm suas centrais de oração.
Pensar que pessoas e igrejas usam a oração como estratégia de atração me deixa indignado porque é um repugnante estelionato, cometido com o nome de Deus.
O tema me pega. Integro uma equipe que apresenta um programa de rádio, transmitido ao vivo há oito anos. Também recebemos pedidos de oração e, ao final, lemos todos os nomes e oramos por todos. O projeto era gravar o programa, mas como deixar gravada uma oração? Então o grupo acorda de madrugada de domingo e faz seu trabalho.
Oração é uma coisa séria demais para ser utilizada como recurso de marketing. Orar é penetrar na atmosfera do mistério de Deus.
Promessa de oração sem oração é sacrilégio. Quem age assim coloca-se como intermediário de Deus para ficar com os benefícios. Quem procede assim usa o sofrimento do outro como escada para o próprio sucesso.
Se eu prometo orar por alguém sem intenção de o fazer, não há perdão para mim, até que mude de atitude.
Se eu prometo orar por alguém e não lembro ou não consigo, preciso cair de joelhos e pedir perdão e então orar.
Você prometeu orar por alguém? Ore!
Se não vai orar, não prometa. Não tome o nome de Deus em vão, prática solenemente condenada no terceiro dos Dez Mandamentos (Êxodo 20.7).
ISRAEL BELO DE AZEVEDO