Então,
entender que ser santo é o desejo da sua vida, como uma meta a ser buscada com alegria, sem sombra de peso
aceitar que a tarefa de apresentar Jesus ao seu bairro lhe pertence, por concordar que ou Cristo é o Senhor e o Salvador de uma vida ou ela não tem sentido
compreender que, quando se reúne com os seus irmãos, é para adorar a Deus, sem esperar nada em troca dEle, senão estar na presença dEle como o prazer mais almejado e mais buscado
perceber que as pessoas em seu redor (em casa, no trabalho, na escola, no lazer) vêem primeiro a sua imagem para depois verem o Deus invisível
decidir colocar em primeiro lugar as coisas (que nem poderiam ser chamadas de “coisas”) que devem estar em primeiro lugar, mesmo que em último na canga que aguilhoa a caterva
ouviu, para atender, que perdoar setenta vezes sete, caminhar as segundas milhas, entregar ao outro o objeto cobiçado pelo outro e resistir o mal da agenda é para os sábios que se curvam, que são os verdadeiros sábios
atentar para os compromissos firmados, para as decisões tomadas, para as promessas assinaladas, como alguém que entrega a mensagem que recebeu para entregar, mesmo que tenha que perder noites e vencer dias
descobrir que é feliz quem luta mais pelos interesses dos outros, como maiores, do que pelos seus próprios, porque menores
saber que não pode pensar os pensamentos de Deus, mas pode chegar perto, se se ajoelhar sobre as páginas do insubstituível Livro que Ele deixou
deixar-se sondar pelo Espírito de Deus, que aspira as impurezas (inclusive as aparentemente secretas), e permitir que Jesus expulse os vendilhões do seu templo interior
descalçar os seus pés e deliciar-se confiantemente que sejam conduzidos pelas mãos de Deus, em direção ao porto (belo porto porque divino) que Ele vai levar
ISRAEL BELO DE AZEVEDO