Se analizassemos a vida de todos os homens e mulheres que foram chamados e usados por Deus, observaríamos que cada um deles, aos olhos humanos, teriam pelo menos um motivo para não serem escolhidos como líderes e cooperadores na obra do Senhor. A estabilidade econômica de Abraão nos levaria a pensar que ele não aceitaria o desafio de sair sem saber para onde. Os artifícios de Jacó nos faria entender, que um caráter duvidoso como o seu, não o tornaria confiável. A auto-suficiência de Moisés nos sinalizaria problemas em suportar as pressões do dia-a-dia. O sentimento de inferiodidade de Gideão nos faria duvidar de sua capacidade de liderança. A inclinação de Sansão por mulheres estrangeiras nos levaria a reprová-lo de imediato. Pelo fato de se tratar de uma mulher, não daríamos à Débora credibilidade alguma. A disposição de Davi em submeter-se aos seus superiores nos faria pensar que teria dificuldades para tomar iniciativas. Os lábios impuros de Isaías nos conduziria a desqualificá-lo para o ministério profético. A meiguice e a amorosidade de João nos fariam duvidar de sua grande coragem. A instabilidade emocional de Pedro não nos permitiria perceber seu sincero desejo de acertar. A intelectualidade e o zelo religioso de Paulo provocariam em nós dúvidas quanto a possibilidade de ser removido de suas crenças, e do seu compromisso com o farisaísmo judaico. Diante dos olhos do Senhor, e mediante o seu poder, misericórdia e graça, na vida destes personagens e em nossas vidas, o improvável se tornou possível, e o possível se tornou real. “pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;” (1 Co 1.27)