BOM DIA: o e-mail é como cartão de débito

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Pagar uma despesa em espécie não é a mesma coisa que passar um cartão de débito. A sensação é que as notas contadas valem mais que o plástico codificado. Talvez também por isto mesmo, o comércio insista para que usemos cartões, para gastarmos com menos preocupações.
De igual modo, falar pessoalmente não é a mesma coisa que enviar um e-mail. 
Você recebe um e-mail desaforado, você responde com um e-mail desaforado.
Alguém fez algo que não devia, você escreve um e-mail reprovando seu gesto. Nem sempre com as melhoras palavras.
Uma mensagem eletrônica é mais corretamente sustentável que uma carta de papel. No entanto, enquanto digitamos, imprimimos, conferimos e expedimos, podemos revisar, melhorar e até mesmo não enviar a correspondência.
Uma mensagem eletrônica é menos calorosa que uma conversa pessoal. Contudo, num encontro face a face, podemos ver na hora o estrago que nossas palavras provocam e buscar minimizar seus efeitos. 
Devemos parar de achar que um e-mail resolve tudo. Muitas vezes, ele piora tudo.
Se a resposta branda, num diálogo interpessoal, desvia o furor (Bíblia — Provérbios 15.1), o e-mail suave, despachado depois de uma fraterna ponderação, mantém abertas as portas da amizade e da cooperação.

BOM DIA

(Bom Dia 268)
ISRAEL BELO DE AZEVEDO

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