Quantas vezes você já mudou de casa?
Se já mudou alguma vez, percebeu como foi reunindo coisas ao longo da vida. Alguns itens são absolutamente inúteis. Mesmo destes temos dificuldade de nos desfazer, sobretudo quando o único destino possível para eles é o lixo.
Talvez a descoberta nos incomode por aquilo que revela sobre nós: gostamos de ajuntar tesouros na terra, como se não soubéssemos que as traças os consomem (Bíblia — Mateus 6.19).
A revelação nos permite fazer uma comparação, ao vermos as coisas que nos foram um dia importantes e hoje não o são mais. (Ah, que desolação: as coisas importantes de hoje não o serão amanhã)
Sim, o tempo nos obsequia uma distância dos objetos. E essa distância nos ajuda a perceber o que deve ser realmente prioritário em nossas vidas.
Mudar é cansativo, mas é altamente pedagógico.
Que tal mudar?
Se não for possível, que tal gastar um tempo esvaziando gavetas (para picar papéis) ou limpando armários (para doar roupas)?
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
(Bom Dia 295)
