BOM DIA: Como queremos ser lembrados

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Convidada a recordar sua infância, uma amiga registrou:
“A vida dava uma pausa quando meu avô, de posse do seu violão, sentava-se na varanda e enchia nossos ouvidos com seu repertório imenso de canções de serestas, valsas e chorinhos.
Ele  nunca frequentou qualquer aula de música, nunca teve um mestre que lhe ensinasse a  ler alguma partitura, mas posso dizer, com certeza, que nunca ouvi um chorinho tocado tão bem, com tanto sentimento e tanta alma.
Meu avô teve várias profissões ao longo da vida,  mas acho que ele sempre gostou mesmo da “profissão” de avô. Sem ter muitos recursos ou bens materiais, ensinou aos netos que o importante mesmo é viver cada momento com intensidade, dia após dia. E era com intensidade que brincava conosco”.
Este notável avô nada faz para ser lembrado, mas é lembrado pelo que é. É sempre assim.
O que somos?