
“Fale a favor daqueles que não podem se defender. Proteja os direitos de todos os desamparados.” (Provérbios 31:8 – NTLH)
O ensino de Salomão é extremamente atual. Mais do que nunca, há uma legião de pessoas sem voz cujos direitos precisamos defender. Geralmente pensamos nos oprimidos pela pobreza, nos marginalizados pela sociedade, nas mulheres abandonadas, nos perseguidos por uma causa qualquer, mas precisamos nos lembrar também das crianças e adolescentes, dos deficientes físicos, dos estrangeiros e seus descendentes, dos negros, índios e outras raças discriminadas.
As sociedades modernas criaram alguns mecanismos para defender os direitos dos que não têm voz, tais como leis mais duras contra a discriminação racial, leis para proteger os direitos das crianças e adolescentes e os direitos dos deficientes físicos. Foi criada até mesmo a figura do defensor público. Porém, sabemos que estes dispositivos funcionam mal e são diminutos diante da imensidão das necessidades. Por outro lado, temos a tendência de “lavar as mãos” e deixar o problema por conta daqueles que foram “incumbidos pela sociedade”. E, enquanto nos omitimos, o mal cresce cada vez mais. Por isso é bom refletir sobre o que temos feito e o que temos que fazer. É certo que não podemos ficar calados, mas qual é o nosso papel? Diríamos que há ações diretas e indiretas.
Diretas são aquelas ações que tomamos quando os problemas acontecem conosco ou ao nosso redor. Por exemplo, não permitir que nossas crianças assistam o verdadeiro “lixo” cultural, moral e espiritual exibido diariamente na TV; não aceitar que deficientes físicos sejam agredidos ou prejudicados em nossa presença.
Indiretas são as ações cuja conseqüência ou influência produzem a solução dos problemas, tais como votar nos políticos comprometidos com a defesa dos que não têm voz, proclamar a graça e a justiça de Deus para os homens, dar exemplo como cidadãos verdadeiramente cristãos, participar de ações coletivas de defesa dos direitos. Mas, omissão, nunca! O problema também é nosso.
Pr. Sylvio Macri