BOM DIA: Os dois caminhos

O extraordinário e galopante avanço da ciência (leia-se tecnologia, que é a sua face visível) parece nos empurrar para um mundo novo e admirável.

De fato, a tecnologia tem criado admiráveis condições de vida. (Escrevo, por exemplo, esta nota em um editor de texto disponível numa tela de telefone enquanto espero um exame médico altamente sofisticado. Nesse editor anuncio idéias e recolho frases lidas por aí, como a que é o tema desta pró-vocação.)
Ao mesmo tempo em que nos servimos da ciência, podemos, homens e mulheres com fé, nos perguntar sobre o que sobrará para o território da fé, com a crescente naturalizacão das coisas.
É possível que as pessoas sem fé, enquanto também curtem as maravilhas contemporâneas, se acelerem em se alegrar, pela vitória da ciência sobre a religião.
Como sempre, a virtude não está nos extremos, sempre reducionistas, como o prova a frase de Kevin Nelson, que guardei para este momento: "Se separarmos o ‘por que’ do ‘como’, muito do conflito entre ciência e religião desaparece".
O território da fé é infinito, como o é que o da ciência. Precisamos trilhar os dois, porque precisamos dos dois para viver.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO
(BOM DIA 421)