Jeremias 46 a 51 — PÁGINAS DESOLADAS
Li e reli esta parte final de Jeremias em busca de um versículo para memorizar. Não encontrei nenhum. Até aquele que tanto precisamos (Jeremias 48.10) não dá usar. (Se ficou na dúvida, leia o verso todo: o trabalho do Senhor, no caso, é pegar na espada e decepar os da lista que Ele preparou.) Já pensaram a gente memorizando que é “maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor! Maldito aquele que impede a sua espada de derramar sangue!”
Os capítulos não têm nenhuma suavidade. É sangue puro.
No entanto, chamou-me a atenção o fato que, depois do castigo para os povos, vem uma promessa de restauração. Os sofrimentos dos moabitas, amonitas e elamitas (egípcios) serão imensos, mas todos serão restaurados. (“Contudo, restaurarei a sorte de Moabe em dias vindouros”, declara o Senhor” — Jeremias 48.47a; “Contudo, depois disso, restaurarei a sorte dos amonitas”, declara o Senhor” — Jeremias 49.6; “Contudo, restaurarei a sorte de Elão em dias vindouros”, declara o Senhor — Jeremias 49.39). A graça inclui a todos.
Contudo, a mensagem principal deste conjunto de capítulos está, como pérola perdida, em Jeremias 50.34: “Contudo, o Redentor deles é forte; Senhor dos Exércitos é o seu nome. Ele mesmo defenderá a causa deles, e trará descanso à terra, mas inquietação aos que vivem na Babilônia”.
Diz-nos o profeta: Deus é mais poderoso que qualquer nação poderosa e está atento para nos defender. A graça nos inclui, mesmo em meio à desolação.
