Hoje pusemos os nossos pés.
Agora será a hora de colocarmos as mãos.
Até ontem só os olhos viam. Agora nossos corpos admiram.
Antes de ontem os desejos nos moviam. Os desejos em movimento foram por Deus canalizados e tornados objetos reais.
Surfamos nos dois territórios: o do desejo e o da realidade.
O terreno para o templo é uma realidade, mas o templo do terreno é um desejo.
Assim como o desejo pelo terreno se tornou chão real, o desejo pelo templo vai, assim esperamos, também se tornar edifício concreto.
Há um longo caminho a ser percorrido, mas não os percorreremos sozinhos.
Percorremos sozinhos o caminho até agora vencido?
Podemos meditar em vários textos bíblicos nesta certeza de fé. Comecemos por Filipenses 1.6: "Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus". Nosso templo é também uma "boa obra" que Deus vai completar. A promessa é clara e nos inclui.
Não é uma obra que se realiza de uma noite para o dia, mas demanda:
. muita oração (como fez o herdeiro do rei Davi: "Depois Salomão colocou-se diante do altar do Senhor […] e levantou as mãos para orar" — 2Crônicas 6.12);
. muito compromisso (conforme a prática do pai de Salomão: "faço questão de pagar o preço justo. Não oferecerei ao Senhor, o meu Deus, holocaustos que não me custem nada” — 2Samuel 24.24);
. muito planejamento (como ensinou Jesus: “Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? — Lucas 14.28);
. muita ação, porque "a obra é extensa e grande" (Neemias 4.19);
. muita dedicação, comportando-nos como nossos antepassados do povo de Israel, que "estava totalmente dedicado ao trabalho (Neemias 4.6).
Então, chegará o tempo em que poderemos orar, como Salomão: "Estejam os teus olhos voltados dia e noite para este templo, lugar do qual disseste que nele porias o teu nome, para que ouças a oração que o teu servo fizer voltado para este lugar" (1Reis 8.29).
Então, participaremos dos em que poderemos cantar:
"O fruto que hoje temos nas mãos
É o que nos fazia sonhar. (…)
Valeu a pena esperar no Senhor".
Visão é uma questão de fé.
Israel Belo de Azevedo
