ESCOLHAS (Richard José Vasques)

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Num dos módulos dos seminários locais (realizados diretamente nas igrejas evangélicas brasileiras com duração de um dia inteiro), ministrado pelo Instituto Haggai do Brasil (www.haggai.com.br), existe uma disciplina chamada “Tomada de Decisão”. Nessa matéria refletimos sobre a necessidade de se tomar decisão a todo instante, ou seja, de se fazer escolhas. Isso acontece em diversos níveis de importância. Atividades que talvez não tenham tanta importância também requerem escolhas, mesmo tendo riscos considerados baixos. Existem outras que além de importantes podem apresentar altos riscos, o que aumentará o peso da sua decisão e sua respectiva conseqüência.
 
Interessante é que nem sempre fazemos as melhores escolhas. Muitas vezes tomamos decisões, realizamos nossas escolhas por impulso, sem refletir adequadamente naquilo que estaremos fazendo. O verbo COMPRAR tem muito a ver com isso. Quantas vezes ficamos com aquela “coceira” na mão, folheando um jornal, uma revista, pesquisando na Internet, até concretizarmos uma compra. Muitas vezes o produto da compra fica em evidencia ou em uso somente por algumas horas, ou talvez dias. Depois temos de achar um lugar para ele em casa. E daí as coisas vão se amontoando e chegamos ao ponto de não ter mais espaço em casa.
 
Apesar de isso ser uma verdade, penso que não é errado errar. O errado é não tentar, é ficar estático esperando simplesmente as coisas acontecerem. Achando que tudo tem de acontecer do jeito que estamos esperando e que se não der certo a culpa não será nossa, e sim dos outros personagens envolvidos. Como cristãos procuramos depender de Deus, mas tem certas coisas que precisamos fazer, é nossa parte. Já foi dito que aquilo que cabe a nós fazer, Deus não irá fazer. Você pode, por exemplo, fazer a escolha de se endividar desnecessariamente, ou até mesmo considerando ser necessário fazer isso, por não ter alternativa. Mas você pode também optar em não se endividar e esperar mais um pouco para realizar o seu desejo. É preciso ter autocontrole, ou domínio próprio. E isso é fruto do Espírito (Gálatas 5.22). Só a comunhão com Ele é que o ajudará nesse sentido.
 
Note que para cada decisão você tem de fazer uma escolha. Vou relatar uma situação que considerei desgastante nesse início de semana (4/4/11). Tinha de estar no aeroporto às 5h30min para embarcar para Belo Horizonte. Nessa semana estamos sem nosso carro. A alternativa foi pesquisar como ir para o aeroporto de táxi. Fiz a ligação para uma cooperativa solicitando um táxi para as 4h45min, a fim de sair de casa no máximo às 5h00. A atendente me informou que 15 minutos antes do programado eu receberia uma ligação confirmando o veículo que estaria indo me buscar. Resultado: depois de várias ligações para a cooperativa, sempre ouvindo que ainda não haviam conseguido o carro para mim, e já próximo da hora que deveria estar no aeroporto, ouvi a atendente me dizer o seguinte: “sinto muito, ainda não conseguimos o seu carro e tem 12 pessoas na mesma situação que você.”
 
A partir dessa informação eu tive duas opções: 1) continuar esperando o táxi até o momento que ele aparecesse e correr o risco de perder o vôo, ou; 2) sair correndo pela rua atrás de algum táxi para me levar ao aeroporto para não perder o vôo e honrar meu compromisso com meus parceiros e clientes. Não iria haver justificativa para o caso de eu perder o vôo por não estar no aeroporto. Não iria adiantar culpar a cooperativa de táxi pelo seu sistema ineficaz de trabalho (e me disseram que todas as cooperativas de táxi do Rio de Janeiro trabalham assim – vejam como está a nossa estrutura de transporte!). A hora estava passando. Decidi sair atrás de um táxi, sem saber onde encontrá-lo.
 
Graças a Deus após uns 5 minutos de caminhada eu já estava indo para o aeroporto, muito bem acomodado num táxi que parou para mim (alguns passaram sem parar ou estavam com passageiros). Cheguei no horário, não perdi o meu vôo e vim trabalhar. A minha escolha poderia ter sido diferente. Poderia também não ter encontrado um táxi na rua. Houve um risco. Decidi correr esse risco e o resultado foi positivo. Em nossas decisões corremos riscos. Temos de correr riscos, temos de decidir, as situações nos levam a isso. O ideal é tomar a melhor decisão possível, e muitas vezes de forma rápida. Não há tempo para ficar confabulando. 
 
Faça o que precisa ser feito. Se houver necessidade corrija os rumos. Deixe o medo de lado, vá em frente.  “O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade, nem planejamento, não há conhecimento, nem sabedoria.” (Eclesiastes 9.10 – NVI). Boa semana.
 
 
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