Eu nasci em uma geração que aprendeu a sonhar e acreditar na possibilidade de tornar sonhos em realidade.
Eu sonhava com o fim da violência no oriente Médio, com o fim do terrorismo mundial e da indústria da fome no nordeste.
Eu sonhava com o dia em que a nação brasileira seria governada por homens íntegros e os nossos filhos sentiriam orgulho dos nossos políticos e governantes; sonhava com o dia em que o lamento de tantas crianças se converteria em baile, e o pranto daria lugar ao riso.
Eu sonhava com o fim das diferenças sociais e das barreiras entre ricos e pobres.
Eu sonhava com o dia em que os soldados pendurariam suas fardas ensangüentadas nos arbustos e converteriam suas espadas em relhas de arado; com o dia em que as nações abandonariam a espada e esqueceriam a guerra; que o lobo pastaria com o cordeiro, o leão comeria palha com o boi e a criança de peito brincaria com a serpente sem se ferir.
Mas, bem cedo, eu percebi que estes sonhos só se tornariam realidade quando eu realizasse o meu maior sonho: Conhecer uma Igreja amorosa, compassiva e perdoadora – “Mãe dos Piedosos” – comprometida com as dimensões espiritual, ética e social do reino de Deus.
Uma Igreja apaixonada pelo “Noivo”, vivendo a expectativa do encontro definitivo com o “Amante de sua alma”!
Uma Igreja de coração inflamado pelo desejo de relacionar-se com o seu Senhor!
Uma Igreja inconformada com o mundo e consigo mesma, disposta a pagar o preço para mudar a história e abreviar a Vinda do Cordeiro.
Jamais desisto dos meus sonhos! São eles que me mantém vivo! Para minha alegria, vejo este sonho se realizando em ti, querida Igreja!
A tua história revela que nesses quarenta e quatro anos tens sido um centro de amor, alento e devoção para tantas pessoas que povoam tua memória.
Neste momento celebrativo, teus filhos do passado e do presente se unem a ti em um só coração e uma só alma porque já nasceste com a sagrada vocação do pastoreio!
Em ti tenho encontrado forças para prosseguir semeando a “santa semente”.
Eurípedes da Conceição