A constatação é forte e triste, mas temo ser verdadeira. A igreja parece estar tonta. Pelo menos é o que seu andar trôpego denuncia.
A questão do álcool é um exemplo, dentre outros, do andar cambaleante da igreja de hoje. Oficialmente condena, informalmente tolera. O púlpito é severo em rechaçar, mas o mesmo pregador participa, sem protestar, de reuniões informais banhadas a vinho ou cerveja, ainda que ele mesmo se abstenha.
Assim podemos dizer que a igreja evangélica é pela abstinência à bebida alcoólica, mas não podemos dizer o mesmo dos evangélicos. A coisa é trôpega ou não é? Seria mesmo cômico, não fosse tão trágico. Os alcoólatras bebem e quem cambaleia é a igreja.
Ou seja, a igreja, que somos nós, precisa firmar melhor e de forma mais contundente a sua posição de abstinência, dizer suas razões e não transigir, nem na formalidade institucional, nem na informalidade ocasional.
Tudo deve começar com a liderança. Com o seu discurso e com o seu exemplo, postura e sabedoria no tratamento do assunto. Passa pela Educação e pela pregação. Depende de casamentos bem fundamentados nos valores das Escrituras, de famílias que entendam sua missão no plano de Deus.
Curada da inação e da covardia que a fazem trôpega, a igreja protagonizará uma mudança de cenário e os nossos filhos e netos transigirão menos e, pela misericórdia de Deus, não cambalearão como nós.
BOA NOITE
Lécio Dornas