Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) pensava sobre liberdade de uma forma bem diferente da que pensamos hoje. Para ele “a ciência insisite que a ação é iniciada por forças que se impoõem ao indivíduo, que a liberdade é apenas outro nome dado ao comportamento cujas causas ainda não foram descobertas.” De acordo com o seu pensamento, tudo o que fazemos nasce de condicionamentos de diversas ordens e matizes. Não é que a pessoa não tenha qualquer reponsabilidade pelos atos que pratica, mas que não os pratica de forma totalmente autônoma. Logo, ser livre implica em assumir-se na vida, na história e na comunidade. É saber-se parte. É entender-se elo. É ver-se um entre outros.
Não sou especialista em comportamento humano, tampouco estudioso do chamado Behaviorismo Radical, mas, talvez até por sua criação evangélica, Skinner parece ter acertado com a visão de Jesus.
O Evangelho ensina uma Ética onde o outro é colocado em destaque, deve ser amado, perdoado, ouvido, ajudado, erguido, restaurado e libertado. Jesus morreu por todos para tornar todos libertos de condicionamentos algemadores, perversos e castradores.
O Evangelho livra o homem da tirania da busca e da defesa de uma liberdade que o aprisiona e o condiciona a ver-se sem enxergar o outro, mover-se sem tocar o outro, viver sem contribuir com o outro. Isso que muitos, até em posição de poder e prestígio, denominam e em nome do que dizem agir, como sendo liberdade, o Evangelho chama de prisão e apresenta como poder único capaz de libertar, a verdade, encarnação da Palavra de Deus: Jesus Cristo ( João 8.32 ).
Até quando o mundo gemerá com fome e sede, não fome de pão, não sede de água, mas de ouvir a Verdade que faz o homem realmente livre? ( Amós 8.11; João 8.36 ).
Até quando?
BOA NOITE
Lécio Dornas