BOA NOITE: A felicidade tem uma irmã gêmea


Para Lupicínio Rodrigues e Vinícius de Moraes, a felicidade ou foi-se embora deixando saudade ou, ao contrário da tristeza, acaba tendo um fim.  Concordam, portanto, o compositor gaúcho e o poeta carioca, com o fato de que a felicidade não é algo que permanece. Para um ela se vai, para o outro, simplesmente acaba.

Para Nietzsche, o caminho da felicidade está na constância dos bons sentimentos. Chaplin discorda, e sugere que o segredo da felicidade se encontra no nosso cérebro. Quem está certo, o filósofo alemão ou o ator inglês?

A felicidade se resume na capacidade de se lidar com os problemas, é o que entendia Einstein. Gandhi pensava na felicidade como a harmonia entre o que uma pessoa pensa, diz e faz. Parece que o pensamento do pacifista indiano complementa o do físico alemão.

E para você, o que é felicidade? Concorda com alguma dessas idéias? Tem uma, sua, diferente?

Jesus, embora não tenha definido felicidade de forma explícita, deixou claro que os pobres, os que choram, os humildes, os que querem acertar com Deus, os misericordiosos, de coração puro e os que trabalham pela paz; bem como os perseguidos, insultados e caluniados por desejarem acertar com Deus ( Mateus 5.2-11 ); todos estes podem ser felizes. Ou seja, felicidade não é exclusiva de um, mas inclusiva de todos de todos os grupos e aberta a todas as pessoas.

Jesus definiu o que faz a vida de alguém valer a pena, deixando claro que o que pode lhe dar sentido real e significado relevante, não é o que possui, mesmo que chegue a possuir muito ( Lucas 12.15b ), mas sim o que é capaz de renunciar por amor a Deus e ao próximo, o quanto pode se controlar pelo bem próprio e de outrem e até que ponto pode suportar dor e sofrimento para viver uma vida digna do Evangelho.

Assim, a felicidade é irmã gêmea da santidade, que nos permite viver em paz com todos, e cuja ausência nos impede de enxergar Deus ( Hebreus 12.14 ).

BOA NOITE!    
Lécio Dornas