Cada um fala de acordo com sua maturidade e sua intimidade com Deus. Por esta razão, talvez, o salmista tenha feito esta oração: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.” (Sl 141.3).
Muitos falam apenas para anunciar o que percebem, ou seja, falam o que vêm, ouvem etc. O que dizem sai assim, quase automaticamente, motivado pelo que captam pelos sentidos. “Há mais esperança para um tolo do que para uma pessoa que fala sem pensar.”(Prov. 29.20). É a fala que não acrescenta!
Outros falam após interpretarem o que percebem. Estes fazem a fala ser precedida de uma análise ou investigação sobre o que vêem, ouvem etc. “As pessoas corretas pensam antes de responder…” (Prov. 15.28a). É a fala que explica!
Há ainda os que falam para emitir juízo. Para tal necessitam, além de interpretar, refletir. Estes percebem e interpretam os fatos, mas só falam após refletirem sobre eles. “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.” (Prov.19.2). É a fala que critica!
Mas há também os que falam tentando ajudar na situação; o que só é possível quando, após refletirem sobre os fatos e suas interpretações, se interessam pelas pessoas neles envolvidas, buscando alternativas. Quando encontram uma possibilidade que entendem ser plausível, aí falam. “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” (Prov.25.11). É a fala que opina!
Por fim, há os que diante das possibilidades, vão ao Pai em oração. Pedem direção, buscam sabedoria do alto para saberem se devem falar e, se for o caso, quando, onde e como falar. Essa busca as leva à Palavra de Deus para que O ouçam. Deus lhes fala ao coração e lhes dá instrução. Quando é o caso, Ele mesmo providencia o momento e lugar certos, também capacita a falarem da maneira certa. “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” (Sl 19.14). É a fala que abençoa vidas e glorifica a Deus!
Diante dos inexplicaveis da vida, se não for acrescentar, se for só para tentar explicar, criticar ou opinar, melhor será silenciarmos e orar. Mas orar mesmo, lançando-nos perante o Senhor. Ele pode colocar as palavras dele nos nossos lábios e usar-nos para que, ao falarmos, abençoemos vidas e O glorifiquemos!
BOA NOITE!
Lécio Dornas