De vez em quando assistimos pessoas que parecem respeitáveis, inclusive senhoras de idade, afirmar que o jogo é uma diversão. Trata-se de um grande equívoco: o jogo é um vício. Há uns anos atrás um grande canal de TV entrevistou um especialista em tratar pessoas viciadas em jogo, que deixou bem claro que o jogo cria no ser humano o mesmo mecanismo de dependência que o álcool e as drogas. Determinadas pessoas são levadas a jogar compulsivamente do mesmo modo que outras são levadas a usar drogas, e isto envolve condições afetivas, emocionais e também falhas de caráter.
A verdade é que na origem de todos os vícios está o pecado. A contaminação da personalidade humana pelo pecado criou as condições ideais para o surgimento de todo tipo de desvio de comportamento, de todas as deturpações morais e espirituais possíveis. Depois da queda no pecado, o mal instalou-se definitivamente no coração do homem, depravando sua maneira de pensar e agir, seus relacionamentos e seus sentimentos. E tornando-o cínico. Por essa razão é que a toda hora assistimos pessoas usando e defendendo comportamentos e práticas imorais, anti-sociais e (auto) destrutivas, como é no caso do jogo.
Assim como os outros vícios, o jogo alimenta toda uma cadeia econômica, que vai dar no crime organizado, e destrói as pessoas e suas famílias, gerando prejuízos materiais incalculáveis. O jogo escraviza as pessoas sob o poder satânico. Uma mulher ex-viciada em jogo contou, em entrevista, que chegou a ficar sentada diante de uma máquina de jogo durante treze horas ininterruptas, não tendo se levantado nem para ir ao banheiro!
Um dos argumentos usados para a defesa da liberação das casas de jogo, assunto que volta e meia volta à tona, é que isso geraria milhares de empregos. Trata-se de uma idéia perversa, a mesma que tem sido usada para defender as indústrias de bebidas e fumo. O prejuízo causado pelos vícios à sociedade é infinitamente maior que o benefício trazido por milhares, ou mesmo milhões, de empregos que sejam criados. Não nos enganemos: jogo não é diversão, é vício.
Pr. Sylvio Macri