“Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixinhos, mas o que é isto para tanta gente? ” (João 6.9)
Fazendo uma comparação grosseira com o salário mínimo no Brasil de R$545,00, recebido por vinte e dois dias trabalhados: Felipe expressou a Jesus que 200 denários, que compreendiam o salário de 200 dias de trabalho (algo na faixa de R$ 4.900,00) seriam insuficientes para alimentar o povo que estava ali querendo ouvir Jesus.
É claro que para uma multidão de pelo menos 10 a 15 mil pessoas seria insuficiente. Também certamente muitos tinham levado algum lanchinho. Provavelmente o menino que ofereceu os cinco pães e os dois peixes não era o único que tinha. Os outros preferiram guardar para si o que lhes era essencial: a comida para a fome.
Aquele garoto pode ter imaginado na possibilidade de realmente ficar sem comida ou então ele, conhecendo e confiando no mestre Jesus, entregou de forma tão corajosa aqueles elementos. Talvez mais corajosa e com fé do que os próprios discípulos.
Após a multidão se alimentar da pequena porção entregue a Jesus pelo garoto sobraram 12 cestos. Imagine Jesus entregando um cesto para cada discípulo, para que se lembrassem que ele é soberano sobre a lógica humana.
Também imagine que como a quase unanimidade da multidão, guardamos para nós aquilo que devemos entregar a Deus.
- Guardamos a realização pessoal ao tocar um cântico, onde deveríamos abnegar e entregar a Deus… É o meu momento.
- Guardamos aquele prelúdio no instrumento que deveria ser inspirador no preparo e na condução dos corações ao culto… É o meu deleite e meu hobby.
- Guardamos o sermão que deveria veicular o evangelho genuíno cumpridor da missão de todo cristão… É a minha oratória e vitrine intelectual.
A melhor escolha é entregar tudo ao mestre, a melhor escolha é a abnegação.