Abnegação, altruísmo, desambição, desapego e generosidade são alguns termos que podem ser usados quando desejamos definir renúncia. Aqui está, portanto, uma atitude que é bem mais fácil a gente definir do que adotar como parte do nosso comportamento ou, como prefeririam os educadores, automatizar na vida.
Acontece, no entanto, que o aprendizado da competência da renúncia tonou-se fundamental para a sustentação dos relacionamentos. Quem não é capaz de renunciar jamais conseguirá se relacionar, a não ser contentando-se com aquele tipo de relacionamento superficial que não se aprofunda em confiança, não se desdobra em intimidade e não se dá no estar presente na vida do outro. Mas relacionamento que cresce e significa que importa e faz diferença, que provoca o mútuo bem querer; este tipo de relacionamento requer abnegação.
Na paralela da inveja, que é desejar ter o que outro possui, transita o ciúme, que é não querer que o outro tenha o que possuimos. Já a renúncia trafega, ao mesmo tempo, na contramão da inveja e do ciúme, pois nos leva a abrir mão do que temos em favor do outro.
Enquanto a inveja e o ciúme militam contra os relacionamentos e, quando prosperam, os fazem enfermar e até morrer; a renúncia trabalha a favor da saúde dos relacionamentos e, preponderando, os fazem fortes, resilientes e perenes.
Viver cultivando relacionamentos saudáveis vale a pena!
BOA NOITE!
Lécio Dornas