Liberdade só há uma, que começa com o pensamento (livre-expressão) e avança pela fé (livre-culto).
Restrição à liberdade há muitas.
São muitas as restrições à liberdade, impostas por governos (em que um partido ou ditador determina o que se deve pensar ou crer), sistemas (que difusa mas agressivamente determinam o que é errado, por exemplo, afirmar que Jesus é singular ou que a vida sexual deve se realizar apenas no interior do casamento), mercados (que impõem a desigualdade, mesmo onde há liberdade de pensamento e culto, mas não acesso aos bens essenciais a uma vida digna), organizações (que usam o terror como método e arma) e indivíduos (que, achando-se livres, obedecem aos ditames de governos, mercados ou organizações).
A liberdade não é flor presente em todas partes do mundo, nem a de pensar, nem a de crer. O governo do Irã é um exemplo da recusa ao livre-pensar e livre-crer. Uma corte estadual condenou ao enforcamento um pastor nos seguintes termos: "O Sr. Youcef Nadarkani, filho de Byrom, 32 anos, nascido em Rasht, no estado de Gilan, é culpado por deixar, aos 19 anos de idade, o Islã, a grande religião da profecia de Mohammad. Ele geralmente participa de cultos cristãos, tendo organizado cultos em igrejas-lares, evangelizando, sendo batizado e batizando outros, convertendo muçulmanos ao Cristianismo. (…) Durante os julgamentos no tribunal, ele negou a profecia de Mohammad e a autoridade do Islã. Ele afirmou que é um cristão e não um muçulmano. (…) Ele foi condenado a ser executado por enforcamento de acordo com o artigo 8 da Tahrir — olvasileh".
Diante de uma sentença desta, ficamos todos perplexos. Ficamos todos perplexos quando, nos países considerados democráticos, os sistemas induzem pessoas a depreciar aqueles que professam a fé cristã? Eis também um exemplo: durante o "Rock in Rio 2011", um grupo de evangélicos preparou um panfleto apresentando Jesus como a maior alegria e afetuosamente os distribuía no entorno do local do megaespetáculo. Um jornal deu a notícia de modo respeitoso. No entanto, a maioria (!) dos leitores, ao comentarem a matéria, referiu-se, com adjetivos violentos, à ação evangelizadora como sendo abusiva, uma vez que ninguém tem o direito de "impor" o seu Jesus aos outros, como se Jesus pudesse ser imposto a alguém.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO