Eu me alegro (todos nos alegramos) pelas novas gerações de cristãos: crianças, juniores, adolescentes e jovens.
Eu me alegro (todos nos alegramos) com aqueles que, nascidos no Evangelho, tornaram-no seu.
Eu me alegro (todos nos alegramos) com aqueles que, tendo outros berços, fizeram da manjedoura de Cristo a sua casa.
Eu me alegro (todos nos alegramos) com aqueles que, tendo pais cristãos relapsos, foram além deles e hoje procuram viver de modo digno de Jesus.
Eu me entristeço (todos nos entristecemos) junto com os pais que choram os filhos que não mais compartilham a fé que um dia dividiram nos mesmos bancos de igreja e nas mesmas mesas de almoço, quando comentavam a aula, o sermão ou um louvor. Sempre que puderam, oraram com eles em casa, levaram-nos a igreja, compraram-lhes Bíblias e livros de valores, mostraram-lhes o caminho excelente. Sempre desejaram que fossem cristãos dedicados, como eles. Sempre deram exemplos de uma vida vivida diante de Deus. No entanto, em algum momento seus filhos fizeram outras escolhas, que precisam de respeito, regado a orações de joelhos feridos pela saudade e pela dor.
Eu lamento (quem também lamenta?) os pais relapsos que até desejaram que seus filhos lessem a Bíblia, embora não o fizessem.
Eu lamento (quem também lamenta?) os pais omissos, que até esperaram que seus filhos se dedicassem à oração, apesar de nunca serem vistos por eles de joelhos à beira da cama.
Eu lamento (quem também lamenta?) os pais irresponsáveis que até insistiram para que seus filhos fossem à igreja, mas os levavam só nos domingos em que não tinham coisa "melhor" para fazer.
Eu lamento (quem também lamenta?) os pais críticos que até imaginaram que seus filhos acabassem se dedicando aos ministérios da igreja, como se fossem capazes de sobreviver à enxurrada de comentários depreciativos ao ensino da igreja, à música da igreja, à estrutura da igreja.
Eu me solidarizo (você também?) com aqueles pais que reconhecem que foram relapsos, omissos, irresponsáveis e críticos e, agora, em lágrimas ajoelhadas, pedem perdão a Deus por não terem pastoreado seus filhos, que também não pastoreiam seus netos.
Eu me solidarizo (você também?) com aqueles pais que, mesmo tendo perdido o rumo, agora se põem no caminho e oram por seus filhos, tentam orientar seus filhos e não desistem dos seus filhos e cuidam também de suas próprias almas.
Eu me junto a esses pai em oração.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO.