Joao 12.27-28 — TENTAÇÃO
Jesus ora:
"Agora, estou angustiado.
O que direi: ‘Pai, livra-me?’
Não, pois é par isso que vim.
Eu direi: ‘Pai, manifesta tua glória’".
(Joao 12.27-28 — A MENSAGEM)
Jesus veio para os seus e os seus o rejeitaram.
Como disse Pedro, os seus o assassinaram.
A morte de Jesus foi uma morte anunciada.
Nem por isto seu sofrimento não foi intenso.
Jesus veio para morrer em nossos lugares.
Nem por isto doeu menos.
Quando a hora se aproxima, a dor aumenta. A proximidade da morte produz angústia. Foi assim também com Jesus, homem completo.
Quando a hora se aproxima, chega a tentação de orar ao Pai para o livrar, como ainda o faria no Getsêmani, semanas depois. Não podia pedir por livramento, porque para morrer viera.
Quando a hora se aproxima, ele pede que a glória do Pai se manifeste. Era o mesmo que dizer, como diria ainda, que a vontade do Pai se realizasse.
Se queremos nos parecer com Jesus, devemos orar como Jesus.
Não podemos morrer como ele, em lugar dos outros, mas podemos morrer com ele.
Este é o caminho que a oração nos ensina.
Palavra de Esperança de segunda, 21/11
João 11.41b-42 — LÁZARO
Jesus ora:
"Pai, graças te dou porque me ouviste.
Aliás, eu sabia que sempre me ouves,
mas assim falei por causa da multidão presente,
para que creiam que tu me enviaste".
(Joao 11.41b-42 — ARA)
Seu amigo está enfermo, mas Jesus vai calmamente em sua direção.
As irmãs dele esperam ansiosamente por Jesus, mas seu irmão morre antes que o amigo chegue e possa interceder por ele diante de Deus.
Finalmente, Jesus chega a Betânia, onde uma família amiga (Lázaro, Marta e Maria) vive, mas Lázaro está morto.
Na verdade, quando ele chega, Lázaro está morto e enterrado. Não foi fácil chegar a Betânia porque estava em curso um plano para o matar. No entanto, ele chega… quatro dias depois.
Havia muitos amigos na casa do morto para consolar suas irmãs.
Quando corre a notícia que Jesus vem vindo, os amigos correm em sua direção e o alcançam fora da aldeia. Marta, indignada com a demora — tanto seus irmãos fizeram por ele — também corre. Maria, também indignada com a demora — grande era a amizade deles, desde quando lhe ungiu os pés com os cabelos (cf. João 12.3) — não corre: fica em casa.
Jesus sente sua falta e manda chamá-la.
Ela se aproxima, acompanhada pelos que a consolavam em casa. Quando Jesus a vê em prantos, chora também e guiado pela amiga vai até o túmulo de Lázaro, uma gruta protegida por uma pesada pedra.
Diante de exclamações diversas sobre seu amor pelo falecido, sobre sua omissão em sua enfermidade e sobre o cheiro forte que vinha do sepulcro, Jesus lhes dá a primeira ordem aos amigos ali:
— Tirem a pedra.
E eles tiraram a pedra.
Jesus olha para dentro do sepulcro e faz uma curta oração, curta e serena:
— Pai, graças te dou porque me ouviste.
Então, com a mesma serenidade, o coração em chamas, dá a segunda ordem, diretamente a Lázaro:
— Vem para fora!
Diante de olhos perplexos, o amigo vem saindo do sepulcros, caminhando com dificuldade por causa da sua mortalha.
Jesus lhes dá a terceira ordem, agora para os amigos novamente:
— Tirem a mortalha dele, para que possa ir embora.
E Lázaro volta para casa.
Jesus não está interessado em participar de um espetáculo. Ele não fez seu pedido em voz alta, para que todos ouvissem. Ele ora silenciosamente. Quando levanta a sua voz, é para agradecer. Ele agradece, tanta é a sua confiança, pelo que vai acontecer. Jesus não ora desesperado. Ele ora com confiança.
Em sua oração de gratidão, explica ao seu Pai porque orou daquele jeito: para que as pessoas cressem que era um enviado dele. Jesus está interessado na glória de Deus. Jesus não quer aplausos para si. Ele quer "aleluias" para o Pai.
Nossa motivação ao orar traduz o nosso caráter. Melhor: nossa motivação ao orar traduz as marcas de nossa intimidade com o nosso Pai.