Imagine que, um dia, precisaram de você.
Enquanto precisaram de você, procuraram-no várias vezes ao dia.
Graças ao seu empenho, o assunto foi resolvido, mas você não alardeou os gestos que tomou.
Os mesmos que procuraram por você passam e não dizem "obrigado" nem fazem qualquer comentário, como se a solução do problema tivesse sido obra do acaso.
Você poderá não ficar magoado, nem decepcionado, porque não fez para agradar e, além disso, conhece a alma humana. Muito provavelmente, porém, mesmo que por um momento, vai lhe passar pela cabeça a disposição de não agir da próxima vez.
Eu me pergunto sobre o que Deus sente quando lhe procuramos, insistentemente, para que intervenha em nossas vidas. Então, Ele intervém, oferecendo a solução, mas achamos que foi por nosso próprio esforço ou por alguma coincidência. E de nossos lábios não sai reconhecimento.
Que fará Deus?
Voltamos a pedir e Deus nos dá a outra face, caminhando mais uma milha conosco.
Não deve ser esta também a nossa atitude?
ISRAEL BELO DE AZEVEDO