Três coisas aprendi neste ano.
A primeira é que não devemos viver como se pagássemos aluguel.
A segunda é que devemos pedir apenas mais um ano de vida.
A terceira é que precisamos de um projeto para os próximos dez anos.
Talvez alguns objetem que não sabem se estarão vivos amanhã quanto mais daqui a dez anos. Talvez outros, mais crentes, lembrarão que o nosso futuro está nas mãos de Deus. Não faltarão aqueles que lembrarão a maldade do mundo, a abortar todos os projetos bons.
Mesmo que morramos amanhã, morreremos melhor sabendo para onde estávamos indo. Mesmo que o nosso futuro esteja nas mãos de Deus, ele o escreve com as nossa mãos.
Mesmo que o mundo se interponha à frente dos nossos projetos para os aniquilar, tendo-os, lutaremos para os implementar. Um projeto é uma coletânea de desejos reunidos.
Uma vez expressos, eles nos movem para as ações.
As ações que valem a pena demoram a acontecer e a dar resultados. Muitas vezes, demanda (muito) tempo para que a cultura individual ou organizacional mude. O ser humano não tem o poder do "fiat lux", em que fala e as coisas imediatamente acontecem.
As coisas que realmente importam implicam em sacrifícios, mas só renunciaremos se soubermos onde queremos chegar, o que nos permitirá avaliar se vale mesmo a pena todas as perdas de agora.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO