Todo aniversário nos convida.
Todo aniversário nos convida a lembrar.
Então, olhamos para os anos vividos, dos primeiros aos mais recentes, e vamos nos lembrando de pessoas e situações, agradáveis e tristes, para guardar e esquecer. Nossa vida não é feita apenas de páginas bonitas. Até dos capítulos feios fazemos bem em lembrar.
Todo aniversário nos convidar a celebrar.
Olhamos para as nossas próprias mãos e vemos que elas não foram capazes de construir esta história. Elas colaboraram com o Senhor da vida. A Ele devemos agradecer todos os dias. Sem ele, nada do que foi feito teria sido feito.
Todo aniversário nos convida a agradecer.
Deus age sobretudo através de pessoas, pessoas imperfeitas como nós. Precisamos compor um álbum, real ou imaginário, destas pessoas, colocando em cada foto uma legenda que registre o que elas nos fizeram. Precisamos dar nomes aos emissários de Deus. Precisamos contar a história das suas intervenções em nossas vidas.
Todo aniversário nos convida a pedir perdão.
Podemos olhar para nossos gestos, cheios de omissão ou intenção ruim, e justificar cada um deles, de modo que nos sintamos absolvidos de nossos pecados. Podemos transferir nossas responsabilidade para os outros ou para as circunstâncias ou mesmo para o espirito da época, mas o que fizemos de errado continua sendo errado, a menos que peçamos perdão. É a confissão que nos abre o corredor da liberdade. O resto é prisão.
Todo aniversário nos convida a pensar no que temos feito.
O passado nos foi empurrando para o presente. Algumas coisas que fazemos hoje nós o fazemos porque as fizemos ontem. Se não pensarmos nas razões das coisas que fazemos hoje, vamos continuar empurrando o presente para o futuro. Somos chamados a edificar o presente, de olho no futuro. É mais cômodo balizar o presente pelo passado, mas quem dirige um automóvel olhando apenas para o retrovisor não chegará ao seu destino. É maravilhoso cantar hoje como cantávamos no passado, como se o passado jamais tivesse tido momentos desafinados, mas precisamos cantar para os vivos. Como disse Jesus, Deus é Deus dos vivos (Marcos 12.27). O fato de sempre termos feito algo não o credencia para que continuemos a fazê-lo. Se fazer diferente é melhor, temos que fazer diferente. Tendo em mente a meta, busquemos o método que permita a sua realização.
Todo aniversário nos convida a pensar no futuro.
Não sabemos como será o mundo daqui a dez anos, mas ele será o que fizermos dele.
ISRAEL BELO DE AZEVEDO