BOM DIA: Julgar ou não julgar

Jesus disse que não devemos julgar.
Não devemos julgar o outro por uma questão de competência, ou melhor: de incompetência. Só Deus tem competência porque Ele vê além das aparências e dos estereótipos, coisas — assumamos — além de nossos perfis.
Quando surgir a oportunidade de julgar, devemos meditar na profundidade de nossa ignorância. Nem sequer sabemos metade das coisas sobre nós mesmos, que-diremos do outro!
Quando julgar nos seduzir, devemos nos lembrar que não somos os diretores morais do mundo, de régua na mão para aplicar a palmatória.
Quando julgar nos parecer uma necessidade, devemos nos perguntar antes se o outro não está no caminho da superação, que o nosso juízo poderá abortar. (Obrigado, Rubens Teixeira!)
Se ainda assim quisermos julgar, uma condição precisa ser vencida. Julgar é o segundo verbo, porque o primeiro deve ser tomar o lugar do outro a ser julgado.
Se o outro for ouvido e compreendido, porque amado, ele poderá ser julgado. Uma questão se imporá: que prévios conceitos subsistirão depois deste cuidado? Talvez: nenhum.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO