BOM DIA: Na festa da Bianca

Fui ao aniversário de Bianca, quando ela completou 19 anos.
Ela me pegou pela mão e me apresentou efusivamente a todos, seus professores da escola especial, seus parentes e seus colegas de classe:
— Este é o meu pastor.
Na hora do “parabéns”, antes de orar, lembrei, em diálogo com seus amigos, a história de Jesus, nossa alegria, transformando água em vinho. Eles prestaram muita atenção, mais do que os outros. Um dos meninos, ao fim, gritou:
— Uma salva de palmas para o pastor!
Quando uma menina teve que ir, porque o pai tinha chegado, veio se despedir, saudosa.
Eles se divertiram muito, sem que houvesse qualquer exagero, típico das pessoas que não aprenderam a se comportar. Eles sabem se portar numa festa.
Foi uma celebração como qualquer outra, mas, para eles, foi uma conquista contra o preconceito do olhar diferente, contra a recusa à alegria, contra a ideologia preguiçosa da exclusão.
Neste mesmo dia, eu estava lendo o livro de Levítico e pude me lembrar de um mandamento de Deus, para nos recomendar o cuidado com as pessoas especiais:
“Não amaldiçoem o surdo nem ponham pedra de tropeço à frente do cego, mas temam o seu Deus. Eu sou o Senhor” (Levítico 19.14 — NVI)
Respeitar, amar e cuidar de pessoas especiais são verbos humanos que nascem no coração de Deus.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO